17.6.09

Seria melhor um exame psicadélico sobre um tema impensável? Carlos Santos desmonta o facilitismo crítico do neoelitismo aos exames

Diz Carlos Santos: "Existe há décadas em Portugal um regime de acesso ao ensino superior assente num número fixo de vagas por curso. Logo, o grau de dificuldade do exame em si é irrelevante, se admitirmos que a ordenação dos alunos, apesar de se fazer a um nível mais elevado de notas (suponhamos, no absurdo, que as notas de português estariam todas entre 16 e 20) não deixará, em média, de respeitar a sua preparação, tanto quanto um exame transcendente o faria. Dito de outra forma, a menos que alguém tenha um argumento muito convincente sobre porque é que os 100 melhores alunos a português no 12º ano serão ultrapassados por colegas de nível inferior se a prova for mais fácil - o que equivalia a dizer que um bom aluno faz melhor um exame mais difícil do que um mais fácil! - teremos que admitir que os 100 melhores serão os mesmos num exame fácil e num exame difícil. O facto de as notas serem diferentes é irrelevante. Se os 100 melhores têm entre 18,5 e 20 num exame de caras, e entre 12 e 14 num exame transcendente, mas continuam a ser os mesmos alunos, um sistema que coloca um limite de vagas, faz com esses 100 alunos entrem na Faculdade da sua preferência. Admitindo que exista uma consensualmente preferida, e com apenas 100 vagas, os 100 alunos ocuparão esses lugares. Em bom português, em que saíram prejudicados? Se eles são os melhores, estamos a afirmar isso com certeza com base na evidência acumulada no secundário, toda ela contabilizada na classificação de entrada. E portanto, nessa parte da nota de entrada, eles estão à frente dos demais. Não seria mais injusto arruinar todo esse esforço e mérito ao longo de 3 anos com um exame psicadélico sobre um tema impensável? Um exame mais difícil desperta naturalmente medos e ansiedades que se podem traduzir em derrapagem de classificações. Os alunos que tiveram a melhor prestação até à Faculdade, sairiam prejudicados, porque algum aluno médio podia simplesmente ser mais calmo e superar o colega no exame." Leia na íntegra aqui.

1 comentário:

Anónimo disse...

O que vou aqui deixar, não tem a ver com o tema que nos propõe, mas com um facto que deixou supinamente indignada.

No blog "EMALMADA" vi uma gravação da apresentação de candidatura da actual czarina de Almada.
Pois qual não é o meu espanto, quando vejo saudado efusivamente (pudera!) por ela, o senhorito Leopoldo Guimarães que agradeceu de pé, a referencia à sua presença, com muitas palmas do público presente.

Mas que pouca vergonha é esta?

Então o tal senhorito ainda é (nessa data!) o mandatário do PS no distrito, para as europeias e já está a roer a corda com a czarina ao colo?

O que me dói não é ele apoiar a dita... Estão bem um para o outro!!!!

O que me dói realmente é o PS ter ido buscar um figurãozito que está sempre a por-se em bicos de pés, para que reparem nele, para mandatário distrital!

Será que não tínhamos melhor?

Sabujices dele com a czarina já toda a gente em Almada tinha visto: perfeita subserviência, rastejamento mesmo...

Mas o PS sujeitar-se a isto?

É por estas e por outras que os nossos resultados vão sendo o que têm sido... e por este andar, com escolhas destas, preparemo-nos que vem aí trovoada maior.

Veja lá se faz uma lista de jeito, porque se for escolher os guimarães desta praça, corre o risco de eles nem sequer votarem na sua própria lista!

E depois não diga que não o avisei.