30.7.09

Os estalinistas não mudam de atitude

Joaquim Judas escreve o panegírico de si próprio a propósito do Hospital do Seixal, talvez porque ninguém esteja disponível para o fazer por ele. Mas como a realidade não encaixa no seu quadro mental distorce-a. Atribui-me uma atiude de oposição ao Hospital do Seixal, aliás repetindo o que o PCP já tinha escrito em comunicado. Fico contente que me tome como adversário e ainda mais que tenha que me atribuir o que eu não disse para o conseguir. Desafio-o a encontrar uma frase dita por mim - as que o PCP me atribui não contam - em que eu não tenha apoiado que o Hospital do Seixal disponha de uma urgência básica. Pelo contrário, é o que sempre defendi, ao contrário do PCP. Eu sei que os estalinistas não mudam de atitude, nem de adversários. Sempre foi assim, em vez da direita foi na esquerda democrática que sempre escolheram os seus alvos, quando não entre as suas próprias fileiras. Quanto ao que disse e escrevi sobre o Hospital do Seixal é claro e pode ser consultado, não há reescrita da história que o elimine. Sobre as urgências escrevi isto: O que neste momento está previsto é que tal hospital seja dotado de um serviço de urgência básica. Ora, essa urgência é precisamente o que está congestionado nas àreas que o novo hospital vai servir e, na minha opinião, uma das razões que justificam a sua necessidade. Já quanto à coerência dos textos de Judas, recomendo que se compare este, em que julga absolutamente necessário que o novo hospital tenha "camas de agudos" e me acusa de "baralhada" por defender apenas a necessidade de novas camas de cuidados continuados, com o de agora, em que considera vitória sua a existência de camas para "cuidados de convalescença e cuidados paliativos", ou seja, exactamente o que antes achava condenável.Há quem não perca o hábito de duplipensar.

3 comentários:

antónio souto disse...

Ando arredado dos comentários, mas não ando a "leste" da luta. De resto, contra factos não há comentários - «há quem não perca o hábito de duplipensar» ou, diríamos nós, há quem não perca o hábito de despensar, que é bem mais grave.
Força, Paulo, que bem mereces que Almada te mereça!
Abraço amigo.
P.S. Se ainda tiveres espaço livre para descanso, aconselho-te a leitura da novela "A Divina Miséria", de João de Melo.

Paulo Pedroso disse...

Obrigado. Um conselho de leitura teu não se deixa de lado. Vou comprar.

Anónimo disse...

Bom gosto ,uma bonita fotografia, aconselho-o a tentar a profissão é bem capaz de ter futuro.