30.7.09
Os estalinistas não mudam de atitude
Joaquim Judas escreve o panegírico de si próprio a propósito do Hospital do Seixal, talvez porque ninguém esteja disponível para o fazer por ele. Mas como a realidade não encaixa no seu quadro mental distorce-a. Atribui-me uma atiude de oposição ao Hospital do Seixal, aliás repetindo o que o PCP já tinha escrito em comunicado. Fico contente que me tome como adversário e ainda mais que tenha que me atribuir o que eu não disse para o conseguir. Desafio-o a encontrar uma frase dita por mim - as que o PCP me atribui não contam - em que eu não tenha apoiado que o Hospital do Seixal disponha de uma urgência básica. Pelo contrário, é o que sempre defendi, ao contrário do PCP. Eu sei que os estalinistas não mudam de atitude, nem de adversários. Sempre foi assim, em vez da direita foi na esquerda democrática que sempre escolheram os seus alvos, quando não entre as suas próprias fileiras. Quanto ao que disse e escrevi sobre o Hospital do Seixal é claro e pode ser consultado, não há reescrita da história que o elimine. Sobre as urgências escrevi isto:
O que neste momento está previsto é que tal hospital seja dotado de um serviço de urgência básica. Ora, essa urgência é precisamente o que está congestionado nas àreas que o novo hospital vai servir e, na minha opinião, uma das razões que justificam a sua necessidade.
Já quanto à coerência dos textos de Judas, recomendo que se compare este, em que julga absolutamente necessário que o novo hospital tenha "camas de agudos" e me acusa de "baralhada" por defender apenas a necessidade de novas camas de cuidados continuados, com o de agora, em que considera vitória sua a existência de camas para "cuidados de convalescença e cuidados paliativos", ou seja, exactamente o que antes achava condenável.Há quem não perca o hábito de duplipensar.
29.7.09
Madeira: foram três tiros num balão?
André Escórcio pensa que o PSD/Madeira não está preparado para se submeter democraticamente à ideia de que pode sair do poder, também lá ininterruptamente nas mãos do mesmo partido há mais de três décadas. O paralelismo entre o apegamento ao poder de Alberto João Jardim e dos seus protegidos e o de todos os que, em diferentes partidos agem da mesma maneira, talvez não chegando ao mesmo extremo, é enorme. Muitas das coisas que ele escreve sobre a Madeira poderiam ter sido escritas sobre o PCP e Almada, 35 anos depois do 25 d Abril.
Por cá não há tiros na campanha eleitoral. A destruição é mais suave, mas não deixa de ser destruição:
Não quero nem esse é o meu interesse tecer qualquer consideração sobre a iniciativa do PND. Não deixo de dizer, no entanto, que se tratou de uma actividade com imaginação que através de um investimento não muito significativo (penso eu), atingiria 30 ou 40.000 participantes no arraial. O que me leva a escrever são os tiros, nada mais. Isso é que a todos deve preocupar.
Há muito que reflicto sobre as consequências de uma mudança de orientação política na Madeira. E a leitura que faço é que o poder regional, maioritário há mais de trinta anos, não está preparado para ser oposição e respeitar as regras da Democracia. Aquela que hoje é oposição, essa, pelo contrário, é a minha mais profunda convicção, assumirá responsabilidades e não terá tentações de vingança e de perseguição. Será tolerante. Há sinais que provam isso. Do mesmo já não estou certo sobre a reacção daqueles que hoje formam a maioria ao perderem as responsabilidades governativas. Penso que não estão preparados para serem oposição. Também há sérios sinais que sustentam a minha convicção. A eventual perda de privilégios, dos jogos de influência e, portanto, o sentirem-se afastados do poder, grande ou pequeno, poderá redundar em situações de instabilidade, conflitualidade e até de sabotagem. É muito provável que isto venha a acontecer.
Portugal, o 9º país mais influente no Parlamento Europeu
O Rui Almas descobriu este indicador de influência dos países no novo Parlamento Europeu. Segundo os seus autores, sem surpresa, a Alemanha predomina largamente, seguida da França, da Itália e do Reino Unido. Mas o ranking tem surpresas como o 5º lugar da Polónia, o 7º da Roménia ou, no sentido inverso, o 24º da Irlanda. Portugal está no primeiro terço dos países mais influentes, em 9º lugar. Resta saber que influência tem o próprio Parlamento Europeu, mas essa é outra história.
O actual poder autárquico já começou a admitir os erros na gestão do centro da cidade
Ontem, em resposta aos comerciantes, a Câmara reconheceu através do seu porta-voz António Matos que "há pequenas e várias coisas por ajustar". É ainda uma tímida autocrítica mas está já distante da arrogante posição que o vereador José Gonçalves (o verdadeiro candidato da CDU à Câmara de Almada, escondido atrás do biombo da falsa recandidatura de Maria Emília de Sousa) tinha defendido há poucas semanas perante os comerciantes. Pode pedir-se a António Matos e José Gonçalves, ambos vereadores do PCP que se entendam. Mas tem que se ter presente que, como diria o velho Marx, António Matos se aproxima de ter atingido a máxima consciência possível, dado ser ele mesmo um dos autores dos vários e graves erros que amputaram o centro da cidade da vida urbana.
Ainda não chegaram ao ponto de admitirem a extensão o erro e a urgência da sua correcção. Prometeram aos comerciantes voltar a reunir sexta-feira e algo me diz que a percepção da proximidade do fim faz com que já haja na Câmara e na CDU gente disposta a recuar em toda a linha em relação às bravatas que têm vindo a ser repetidamente assumidas pela CDU local. Se assim for, o maior dos erros cometidos - o Plano Mobilidade XXI - terá os seus dias contados ainda antes das eleições autárquicas, já terá começado a valer a pena que o PS tenha aparecido a garantir a sua revogação e a cidade terá ganho uma batalha ao autoritarismo dos seus gestores. Se assim não for, resta a quem acredita na necessidade de uma nova política para o centro da cidade a mobilização necessária para que a CDU seja desalojada do poder municipal pelo voto no dia 11 de Outubro.
28.7.09
A "grande sincronização" na origem da crise do comércio mundial
A crise do comércio mundial - a segunda vaga da crise - desencadeada pela crise do sistema financeiro americano é grave, não porque nenhum país, individualmente considerado, não tenha passado já por crises similares mas porque há muito tempo (desde antes de 1965, seguramente) que não tinha havido tantos países em simultâneo a sofrer tamanha contracção. Esta é a tese que Sónia Araújo e Joaquim Oliveira Martins expôem neste post e a que chamam a "grande sincronização".
Essa grande sincronização não é acidental, antes parece ser o resultado de nunca os mercados dos produtos terem sido tão integrados como agora. O que pode ajudar a explicar outra das observações dos autores: as transacções de bens sofreram uma queda maior do que as dos serviços.
Almada precisa de nova política para o centro da cidade
A Lusa noticia um novo episódio no conflito que opõe os comerciantes à Câmara Municipal de Almada. A intrânsigência da CDU, que governa o município, bem como a incapacidade de corrigir os seus erros, está a alimentar focos de tensão que poderiam ser evitados, que já chegaram a extremos que, aliás, todos os democratas devem condenar veementemente, como as injúrias a um dos comerciantes em protesto. (Contudo, ainda se espera que a CDU repudie os actos de vandalismo e as injúrias.
Nós, no PS,temos uma visão muito clara sobre o que tem que ser feito. Como já escrevi anteriormente e repito: Agora há que fazer tudo o que poderia ter sido feito em tempo e corrigir o que for possível. O Município tem o dever de constituir um fundo de apoio à modernização comercial, para ajudar os comerciantes que desejem investir na modernização das suas lojas, a construção do estacionamento tem que ser acelerada, o Plano de Mobilidade tem que ser revogado.
Em particular, a zona chamada pedonal, onde até passam autocarros, que excentricamente corta ao meio o principal eixo de avenidas da cidade e torna o trânsito caótico tem que ser revogada como, justamente, os comerciantes reclamam . Faz sentido que se criem zonas realmente pedonais, mas nas vias laterais e que se deixe bater o coração da cidade nas suas grandes avenidas. Faz sentido que se limite a velocidade do trânsito,mas não que se desvie das avenidas mais largas para as ruas mais estreitas, algumas delas centenárias.
27.7.09
Como é que se vota por consenso em votação secreta?
A lista do BE foi "votada por consenso"? Como é que se vota por consenso em eleições por voto secreto? Ou foi por braço no ar, à antiga, para evitar surpresas? Para Daniel Oliveira não confirmar, não desmentir e não comentar, conhecendo-o, adivinho que deve ter sido algo próximo do partido de que, por essas e por outras, ele tinha saído há muito tempo.
O lugar de estacionamento para deficientes
24.7.09
Registo Parlamentar - o fim de um ciclo político
Encerra-se aqui o ciclo parlamentar da minha vida política que se iniciou em 1999 com a eleição pelo distrito de Setúbal e teve o seu período mais intenso no ano em que fui simultaneamente porta-voz da direcção do partido encabeçada por Ferro Rodrigues e Vice-Presidente da direcção do Grupo Parlamentar de António Costa.
Como sabe quem me tenha seguido mais de perto, tenho mantido de há algum tempo a esta parte a publicação mensal de um newsletter com a actividade parlamentar que considero mais relevante e dotada de conteúdo. Aí está, para quem o queira ler, o último desses newsletters, contendo a declaração de voto sobre o sigilo bancário subscrita com José Vera Jardim, António José Seguro e Fátima Pimenta bem como notas sobre os investimentos públicos, o acompanhamento familair em internamento hospitalar e os desafios da crise. Como sempre,fica disponível para leitura aqui (e por algum tempo, em destaque, no lado direito do blogue).
Em Almada, 35 anos depois, a intimidação sobre quem pensa diferente não acabou
O DN noticia hoje que um "comerciante em protesto foi injuriado" em Almada e que "fonte da associação comercial receia novos episódios de violência como os que aconteceram em Maio, quando apareceram montras partidas, após os comerciantes, tal como agora, terem colocado dísticos nas fachadas das lojas contestando o novo plano de mobilidade da autarquia" (notícia na pg. 25, link não disponível).
Infelizmente, 35 anos depois do 25 de Abril ainda há em Almada quem não aceite a diferença de opiniões e tente intimidar quem pensa de maneira diferente, como que relembrando-nos que a liberdade se reconquista todos os dias.
Estou convencido que os vândalos prestam um mau serviço a quem julgam beneficiar, mas reparo que a Câmara Municipal e o PCP de Almada se mantêm em total silêncio sobre este tipo de intimidação, quando não chegam mesmo próximo de dar-lhe cobertura, com frases como "quem semeia ventos,colhe tempestades".
Felizmente, em Almada nunca se viveu sob o signo do medo. Não houve medo do fascismo, não iria haver agora de quem se julga proprietário do concelho ou de uns esbirros que se imaginam a si próprios ao seu serviço.
O PS está na rua. Continuam as apresentações públicas nas freguesias de Almada.
Depois do Pragal, da Trafaria, da Charneca de Caparica, da Caparica, da Sobreda e da Costa de Caparica, continuam este fim-de-semana as apresentações públicas das candidaturas aos orgãos autárquicos nas freguesias, ao ar livre, cara a cara com os eleitores.
Hoje, sexta-feira, às 18h30, no Laranjeiro, na Rua Dr. António Elvas, junto à Farmácia Moderna, tendo como convidado Pedro Marques, Secretário de Estado e membro da Comissão Política Nacional do PS.
Amanhã, sábado, às 11 horas, em Cacilhas, na Rua Comandante António Feio (junto à estátua do burro), tendo como convidada Manuela de Melo, Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS e ex-administradora da Porto Capital Europeia da Cultura.
Amanhã, sábado, às 18h30, na Cova da Piedade, no Largo 5 de Outubro (o jardim da Cova da Piedade), tendo como convidado José Magalhães, Secretário de Estado e membro da Comissão nacional do PS:
23.7.09
O Governo deu um passo importante no projecto do Arco Ribeirinho Sul
O projecto do Arco Ribeirinho Sul é uma oportunidade numa geração para a reconversão das grandes zonas industriais desactivadas da cidade do Sul do Tejo. É também uma oportunidade para integrar melhor essa cidade, aproximando Almada, Barreiro e Seixal numa visão estratégica comum, que lhes permita beneficiar melhor dos efeitos positivos da terceira travessia do Tejo (a ponto rodoferroviária Chelas-Barreiro) e do novo aeroporto de Lisboa.
Hoje o governo deu um passo decisivo para transformar esse projecto em realidade, aprovando o Plano estratégico e a constituição da Arco Ribeirinho Sul, S. A., sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, com um capital social de 5000000 de euros.
A CMA é responsável por não haver uma Loja do Cidadão no centro da cidade
Os anos passam e a rede nacional de Lojas do Cidadão vai-se alargando, sem que chegue a Almada. Já esteve prevista uma que acabou em Odivelas. Ontem, o município do Seixal e o Governo deram um passo fundamental para a criação de mais uma. A total incapacidade negocial da Câmara Municipal de Almada está a prejudicar os Almadenses e é a grande responsável por continuar a faltar uma loja do cidadão no centro da cidade. Desta vez nem sequer é possível jogar com a habitual desculpa partidária, já que o município do Seixal é tão gerido pela CDU quanto o de Almada.
22.7.09
O MST deve ser integrado num sistema de passes que deve ser revisto
O Parlamento apreciou hoje uma petição para a integração do Metro do Sul do Tejo no passe social.
A petição parte de um problema sério e que carece de resposta urgente, dado que é incompreensível e injusto que os utentes dos transportes públicos, para fazer o mesmo percurso, tenham que pagar de modo diferente consoante o modo de transporte que utilizam.
A resolução deste problema obriga-nos a ter em conta como se gerou. Os utentes de Almada estão a ser vítimas da crise do velho sistema de passe social e do abandono a que foi votado a certa altura. O passe resulta de um acordo voluntário entre operadores de transportes públicos da Área Metropolitana de Lisboa, que chegou a ser denunciado pelos operadores e que desde 2005 apenas se manteve pelo esforço do actual Governo em, apesar da grave crise orçamental, negociar a sua manutenção.
Neste quadro não foi possível garantir a entrada de novos operadores no sistema, quando surgiu o Metro do Sul do Tejo, daí nascendo a injusta situação actual.
No entanto, felizmente, na legislatura que agora termina, foram lançadas as bases para que esta injustiça desapareça.
Em 2007 foi, finalmente, realizado um novo estudo de mobilidade na Àrea Metropolitana de Lisboa, para substituir o de 1989, tendo-se uma nova base para a repartiçãO de receitas do passe entre operadores. Muito recentemente, entrou em funcionamento a Autoridade Metropolitana de Transportes, participada paritariamente pela administração central e a adminsitração local, que deve ter na revisão do sistema de tarifário de transportes públicos na AML uma das suas primeiras prioridades de acção.
Na nossa visão, o próprio sistema do passe social deve agora ser revisto, substituindo-se o sistema de coroas, que gera distorções de preço para os utilizadores, por um novo sistema, com preço adequado para o utilizador e favorável à mobilidade sustentável, que beneficie da generalização da inovação tecnológica da bilhética sem contacto e que meça agora as tarifas em termos de tempo efectivo de utilização (por exemplo, cada passe corresponder a um determinado número de horas em transporte público).
Por isso entendemos que a justa preocupação dos cidadãos deve ser atendida, sem demoras, no contexto da revisão urgente de todo o sistema de passe social.
Isso mesmo foi defendido pelo PS na Assembleia Municipal de Almada e, inexplicavelmente para nós, reprovado pela CDU.
21.7.09
Numa terra pensada, o comércio local não morre
O conflito que opõe os comerciantes do centro de Almada à actual gestão da Câmara Municipal é o resultado de uma série de omissões e erros do município, que lesaram o comércio local.
A chegada das grandes superfícies e em particular do Forum Almada deveria ter sido acompanhada de medidas de compensação, favoráveis ao centro da cidade a ele atraíndo mais pessoas e nele tornando a mobilidade mais fácil. Por outro lado, dado que o município recebeu vultuosas contrapartidas dessa infraestrutura, parte delas deveria ter sido encaminhada para ajudar o pequeno comércio a enfrentar a nova pressão competitiva, nomeadamente sob a forma de apoios ao investimento à sua modernização. Nada disso aconteceu.
Pelo contrário, essa pressão competitiva foi acompanhada do agravamento das condições de acessibilidade ao centro do concelho. O arrastamento, por motivos fúteis, das obras do Metro do Sul do Tejo e a incapacidade de as gerir de modo faseado fizeram com que os anos passassem e se perdesse genericamente o hábito de deslocação ao centro para fins comerciais. A descoordenação entre serviços municipais fez com que ainda estejam a ser agora construídos parques de estacionamento que deveriam ter entrado em funcionamento com o início do Metro. Até as soluções encontradas para o desenho das vias, a ausência de escapatórias para os autocarros ou as verdadeiras "gincanas" que acompanham as passadeiras paecem ter sido desenhadas para tornar difícil e incómodo chegar ao centro.
A tudo isto juntou-se um Plano de Mobilidade que os seus próprios autores consideraram que exigiria grande acompanhamento para ser executado e que teria grande complexidade, Plano esse que se revelou um desastre quando aplicado.
Agora há que fazer tudo o que poderia ter sido feito em tempo e corrigir o que for possível. O Município tem o dever de constituir um fundo de apoio à modernização comercial, para ajudar os comerciantes que desejem investir na modernização das suas lojas, a construção do estacionamento tem que ser acelerada, o Plano de Mobilidade tem que ser revogado.
Em particular, a zona chamada pedonal, onde até passam autocarros, que excentricamente corta ao meio o principal eixo de avenidas da cidade e torna o trânsito caótico tem que ser revogada como, justamente, os comerciantes reclamam . Faz sentido que se criem zonas realmente pedonais, mas nas vias laterais e que se deixe bater o coração da cidade nas suas grandes avenidas. Faz sentido que se limite a velocidade do trânsito,mas não que se desvie das avenidas mais largas para as ruas mais estreitas, algumas delas centenárias.
A actual gestão municipal não consegue perceber essa necessidade. Por isso teima em reprovar o fndo de apoio ao investimento e por isso resiste a rever o esquema de circulação do trânsito no concelho. Essa incapacidade do actual poder camarário de dar valor aos problemas que afectam os munícipes, escravizado que está por uma visão autocrática da cidade está entre os factores mais importantes que levaram a que me candidatasse e a que esteja a tentar derrotá-lo.
17.7.09
Entre criança e adulto?
15.7.09
Segundo a BBC, esta será a maior central a produzir energia solar do mundo. Está a ser construída em Portugal. Um dia, José Sócrates e Manuel Pinho serão conhecidos por terem sido pioneiros na transformação do nosso país em líder na energia verde e na redução da dependência dos combustíveis fósseis e não pelos fait-divers que o presente sobrepõe às visões estratégicas. A Fotoreportagem é da BBC e chegou-me via Twitter, pela mão de Martins Lampreia, retweetando Simão Carvalho.
14.7.09
Bases para o contrato com os cidadãos de Almada: participe na discussão
Foram apresentadas no domingo e desde então que pode encontrar online as bases do contrato com os cidadãos de Almada que o PS propõe. esta iniciativa resulta das conclusões dos 55 encontros do forum Espaço Almada 2009 e é um novo começo. Para esta nova etapa contamos com a Comissão de Cidadãos, que agora vai elaborar connosco esse contrato e depois fiscalizar a sua execução. Mas contamos também com os contributos de todas as cidadãs e de todos os cidadãos que queiram associar-se à iniciativa, comentá-la ou debater as ideias que nela são apresentadas.
Como já é evidente, o nosso processo participativo é aberto e constrói-se realmente em diálogo com os cidadãos, não resulta de conclusões pré-cozinhadas. Assim será também a nossa gestão municipal. A sua opinião, para nós, conta mesmo. Vai ver que também pode ajudar a a fazer o futuro de Almada, 35 anos depois.
10.7.09
O sinal errado
Conversa-se, evidentemente, com quem se achar útil, mas não me parece que se devam dar sinais errados quanto à distância a que o PS deve manter os gurus do centro-direita.
7.7.09
As convergências impossíveis e o paradoxo da esquerda portuguesa
Hoje, no DN, Mário Soares faz o requiem dos entendimentos à esquerda neste ciclo político.Escreve ele:
Nos últimos anos, com efeito, empenhei-me em estabelecer pontes e convergências à Esquerda, que se revelaram impossíveis. A culpa não será exclusiva de ninguém. É certo. Mas cabe, maioritariamente, ao Bloco e ao PCP, que com crescente agressividade - e em competição - fustigaram quase exclusivamente o PS e, em especial, Sócrates. Para quê? Respondo: oxalá não seja para dar a vitória ao PSD ou para tornar o País dificilmente governável. Se isso vier a acontecer - espero que não - poucos meses depois, serão os primeiros a arrepender-se. Porque, ao contrário do que dizem, PS e PSD são muito diferentes no exercício do poder. Não obstante o chamado "centrão de interesses", que deploro, como socialista, mas que tem peso na política.
Mário Soares tem razão, quer na conclusão, quer na repartição de responsabilidades. E o que diz tanto pode aplicar-se às eleições legislativas a nível nacional como às autárquicas em Lisboa, só para dar outro exemplo.
O PS entrou a presente legislatura com excessiva sobranceria face a todos os movimentos à sua esquerda. Por sua vez, estes, e em particular o BE, não perceberam que o seu crescimento eleitoral é também uma metamorfose da sua base de apoio. Se o PS esteve errado ao tratar de modo igual a oposição à direita e à esquerda, o PCP e o BE não estão menos errados ao tratar de modo igual o PS e o PSD.
Ainda é cedo para tirar a moral da história, mas encaminhamo-nos para um paradoxo curioso: o aumento da votação no conjunto dos partidos de esquerda implicar a redução da probabilidade do país (e de Lisboa) ser governado por um partido de esquerda. Ou seja, se o eleitorado se deixar conduzir pela retórica anti-PS do PCP e do BE, poderá votar à esquerda e ter como consequência prática ver o país (e Lisboa) governado pela direita.
Pode parecer impossível, mas se os partidos não mudarem a sua atitude recíproca durante o Verão nem os eleitores mudarem o modo como os avaliam pode estar mais perto do que se julga.
Se o paradoxo se materializar não faltará capacidade para distribuir culpas, mas veremos o país entregue por uma maioria eleitoral de esquerda ao tandem Aníbal Cavaco Silva-Manuela Ferreira Leite, com a capital entregue por outra maioria eleitoral de esquerda a Pedro Santana Lopes.
Como os partidos de esquerda estão a ser irresponsáveis na relação com a questão da governabilidade do país (e de Lisboa), já só os eleitores podem impedir que tal pesadelo se verifique ainda antes do fim de 2009.
Semidemocracia islâmica ou ditadura? Os futuros imediatos do Irão.
A notícia de que a disputa política em torno dos resultados das eleições presidenciais do Irão tem implicado, de ambos os lados, os clérigos, vem confirmar que estamos perante fracturas internas do regime.
O país é uma semidemocracia, com elementos de pluralismo político, tutelada pela hierarquia religiosa. Ao que parece, há agora uma fractura entre sectores que se reivindicam da herança espiritual da revolução islâmica, como os intelectuais que a apoiaram e serviram os seus primeiros governos e os clérigos que a teorizaram e os que se cimentaram nos poderes "seculares" que esta gerou, como os guardas da revolução e o exército.
Ao contrário do que poderia imaginar um ocidental desatento, é nos sectores "espiritualistas" (ou islamistas se preferirem), que o descontentamento popular tem mais eco e nos "seculares" (o aparelho militar-policial) que estão os novos duros do regime. Os primeiros têm uma visão da sua "revolução" que assenta na necessidade de renovar a sua legitimidade e de enquadrar o povo no seu projecto político, bem como a sua ambição de hegemonia os leva a perceber o que tem que mudar para que o regime possa persistir. Os segundos têm apenas a consciência do que podem perder se o poder lhes sai das mãos.
Não sabemos se o regime vai conseguir reenquadrar o descontentamento, particularmente nos meios urbanos e persistir como semidemocracia com legitimidade popular ou vai evoluir no sentido da ditadura, prescindindo dessa legitimidade e forçando um ciclo de repressão que pode ser duradouro. Em nenhum dos casos se tornaria numa democracia secular, mas no primeiro deles seria um parceiro mais previsível no cenário internacional. Porque quando uma ditadura tenta reganhar apoio popular fá-lo sempre pelos mais cruéis populismos internos e por gestos internacionais altamente simbólicos mas irresponsáveis. Com Amadhinejad acossado internamente, mantido no poder pela força policial e sem a benção de parte significativa do clero, o mundo tem um factor adicional de crise, que se dispensava.
Acresce que não se pode prever com rigor como reagirão os movimentos que gravitam na sua órbita, como o Hezbollah, à divisão que atravessará nesse caso o país, como isso interferirá na estabilidade do Líbano e, necessariamente, em todo o Médio Oriente. De facto, a questão de legitimidade também os afecta porque têm uma filiação ideológica no regime iraniano.
Os países aliados, esses, serão imunes à questão. O que liga, por exemplo, a Síria ao Irão não é nenhuma visão do Islão e muito menos a Rússia fragilizará a sua aliança com o regime por este se tornar mais ditatorial.
6.7.09
Angola: os oligarcas também têm dificuldades de tesouraria
Há entre nós uma certa tendência para exagerar os efeitos dos "mercados" políticos, isto é, economias frágeis que podem garantir grandes encomendas porque quem comanda os Estados aposta nelas, por necessidade do país ou de alguém.
Angola é o maior desses mercados que precisam de aspas porque não há nada de mercado numa economia controlada por uma pequena oligarquia que se apropriou do Estado. Segundo o Rui Almas, a notícia de que as empresas que apostaram nesse país podem estar a enfrentar dificuldades de pagamento não era situação difícil de prever face à redução do preço do petróleo e aos efeitos da crise mundial na produção e comercialização de diamantes. Os oligarcas também têm dificuldades de tesouraria.
Um conselho aos vândalos (actualizado)
O vandalismo é lamentável, sejam quais forem as suas vítimas e as circunstâncias em que ocorrem. Em Almada há vândalos que têm alvos focalizados.
Eu próprio dei aqui conta de um desses casos. O blogue Em Almada dá relevo a outros, envolvendo lojas que optaram por protestar contra as dificuldades que enfrentam.
Ermelinda Toscano, autarca do Bloco de Esquerda, a quem agradeço o gesto, cujo valor é reforçado por nem sequer ser suspeita de ser parcial a favor do PS, registou as vagas que têm atingido os cartazes da minha campanha. O mesmo fizeram o blogue liberdade para Almada e o PS em Almada, a quem igualmente agradeço.
Sobre tudo isto, gostaria apenas de deixar um conselho aos vândalos: parem, porque estão a prejudicar quem julgam proteger.
Sinalização de trânsito em Almada e stand-up comedy
A foto é de Gustavo Vieira e vem publicada no blogue do artista acompanhada do seguinte comentário:
Não percebo esta sinalização em Almada. Afinal, é para parar... ou para seguir... com precaução... obrigatoriamente à direita... mas está vermelho... e ao mesmo tempo... intermitente... por isso avanço... ou não... É melhor ir a pé.
Comentários adicionais para quê?
Lemniscata: agradeço o cumprimento e cumpro o ritual
O "lemniscata" bateu-me à porta pela mão de Carlos Alberto, a quem agradeço a distinção. Como o s rituais vivem de os aceitarmos e cumprirmos, aqui vai o meu contributo para a expansão da corrente, distinguindo leituras interessantes e diversificadas na blogosfera, que vale a pena seguir. Os critérios de escolha são arbitrários e a ordem é apenas alfabética :
Bem Haja
Correio Preto
Em Almada
Léxico Familiar
Máquina Especulativa
O Encadeamento
Praça Stephens
Adenda: republico o post, pois, havia um erro no link para a Praça Stephens que impediu quem o desejasse de lá chegar.
4.7.09
Fragmentos de uma conversa com jornalistas de Almada
Esta semana organizámos uma conversa ao almoço com jornalistas. Não era uma entrevista, mas tudo o que eu dissesse era citável. Os fragmentos dessa conversa com os jornalistas que consegui respigar na net aqui ficam:
- Prioridade de Paulo Pedroso é revogar plano de mobilidade, Lusa, via Expresso online.
- Almada tem que ser uma cidade construida "do rio ao mar", Rostos.
- Candidato socialista a Almada quer nova imagem para o concelho, Setúbal na rede.
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