20.5.11

Marcas, religião e o futuro do trabalho: entre economia e neurociência, uma análise convergente sobre o supercapitalismo

A descoberta por neurocientistas de que os applefans activam as mesmas zonas do cérebro quando na presença de um produto da marca que os crentes em contextos religiosos levou-me de volta a um livro de há uma década, escrito por Robert Reich: o futuro do sucesso.
Analisando aquilo a que viria a chamar mais tarde o supercapitalismo, sustenta que entrámos num processo de transição do valor do produto para a marca e que esse encadeado de marcas que transforma o próprio trabalhador em detentor de marca pessoal tem repercussões sociais de grande relevo.
Tive o privilégio de escrever a apresentação da edição portuguesa desse livro dedicado afinal às consequências sociais da fetichização da marca, algo que bem se pode aproximar do que, por caminhos tão diferentes, esta equipa de neurocientistas conclui.
Decidi, então, "pendurar" no sribd o texto que escrevi em 2003, apresentando o livro e a que chamei "a vida no trapézio ou um novo contrato social: a nova economia sem meio termo".

2 comentários:

Anónimo disse...

gostei muito do seu texto de apresentação do livro do Robert Reich.

chamou-me a atenção para um número significativo de aspectos que, não me sendo desconhecidos (já que sou publicitário), nunca tinha visto teorizados e ligados entre si.

tenho um novo autor para ler.

cumprimentos,
joa15inho

Paulo Pedroso disse...

Obrigado pelo comentário. tenho-me interessado pela questão, que se liga também à desmaterialização da empresa e à invisibilidade progressiva do trabalho, com consequências estruturais sobre o modelo social.