Do que li até agora na blogosfera, pareceu-me interessante reter três interpretações em confronto: As manifestações são o reverso do projecto de transformar a FRELIMO em partido-sociedade, como defende José Flávio Teixeira ? O resultado de uma visão tradicional e africana do poder, como sustenta Paulo Granjo ? A consequência das desigualdades profundas da sociedade moçambicana, que Vitor Ângelo identifica?
Á distância, consigo imaginar a tese do Flávio a materializar-se. Sempre que uma sociedade não encontra forma de institucionalizar formas de conflito e divergência, o protesto também não tem formas alternativas às inorgânicas de se expressar. Depois, é esperar que surjam os rastilhos e que sejam cometidos erros por quem tenta gerir os episódios de conflito.
Mas espero, com alguma atenção, pelo desenvolvimento das explicações para o que se passa, por parte de quem, ao contrário de mim, conhece Moçambique.
1 comentário:
Caro Paulo,
Fiz linkpara "A Carta a Garcia".
Obrigado.
OC
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