3.8.09

Não há boa explicação para que a CDU de Almada deixe agonizar o centro e agudizar o conflito com os comerciantes

O conflito entre os comerciantes de Almada e a gestão municipal da CDU continua a agudizar-se. Agora poderá vir a haver um apagão das montras, na sequêcia de mais uma reunião inconclusiva com um vereador em que a, pelo menos formalmente, Presidente da Câmara não esteve presente. Esta ausência só pode ser devida ou a antecâmara da sua saída já estar muito avançada, ou a desprezo por uma questão crucial para o centro da cidade ou a tentar ganhar tempo para fazer sob pressão o que não foi capaz de fazer por defesa do interesse público. Nenhuma das hipóteses é boa. Etretanto, vai passando a ideia errada de que os comerciantes lutam pelos automóveis. Eles, de facto,lutam pela vida do centro, que foi roubada por uma série de erros, de que a zona dita pedonal é o maior símbolo. Mas o problema é a total ausência de política para o centro da cidade. Tenho vindo a defender uma política alternativa, como quem acompanha estes textos bem sabe: incentivo à modernização do comércio tradicional, revogação imediata do Plano Mobilidade XXI e consequente reabertura ao tráfego do sistema de avendidas da cidade, urgência à criação da Loja do Cidadão, animação urbana adequada. Acrescento hoje, a ideia de um dia por semana em que as lojas estejam abertas até mais tarde, com a Câmara Municipal a assumir a obrigação de promover animação do espaço público que traga mais clientes ao centro da cidade. A CDU já demonstrou que está paralisada. Demagogicamente, veio agora oferecer 15 duas de estacionamento gratuito, em Agosto, quando as pessoas estão de férias! Aposto até que tentará dar a imagem de arrependimento dada a proximidade de eleições e há-de ter um coelho eleitoral de última hora. Mas não acredito que quem viveu estes 35 anos e, em particular, os últimos 4 no centro de Almada se deixe enganar por truques de ilusionismo no últimos egundo.

1 comentário:

Anónimo disse...

As propostas apresentadas pelo PS são necessárias mas há outras que deve ponderar com a máxima urgência:

1. Terminar com deliberação da Câmara que desde 1996 impede a renovação da cidade de Almada, deixando dezenas de edifício em ruína, quando podiam contribuir para a modernização da cidade;

2. Acabar com a penalização nas taxas urbanísticas para quem investe dentro da cidade e tem de pagar taxas mais elevadas do que nas áreas de expansão;

3. Acabar com a taxa de cerca de 35.000 €/carro pelo défice de estacionamento na cidade, nos projectos em área consolidada, sejam eles de habitação, comércio ou serviços;

4. Acabar com a penalização nas taxas urbanísticas das mudanças de uso na cidade;

5. Aplicar a legislação urbanística nacional também em Almada, isto é, o regime de comunicação prévia nas operações urbanísticas em área consolidada determinado no RJUE, e que a CMA se recusa a cumprir.

Abraço solidário.
CP