6.8.09

Contrato com os cidadãos: o impacto na poluição do atraso na reconversão das AUGI

O município de Almada não tem dado atenção à reconversão das Àreas Urbanas de Génese Ilegal (AUGI), ao contrário de outros, de todos os partidos. Veja-se,como exemplos, Seixal (CDU), Amadora (PS), Cascais (PSD) ou Oeiras (ex-PSD). Esse atraso tem muitas consequências urbanísticas e sociais. Como bem deixou claro Carlos Pinto, em comentário que fez ao post sobre a falta de infraestruturas de saneamento básico e que aqui se retoma, embora as pessoas não o saibam, milhares de habitações do concelho de Almada continuam desligadas da rede de esgotos do município, apesar de terem sido construídas, na sua maioria, há vinte ou trinta anos: A questão do saneamento básico de milhares de construções nas freguesias da Charneca, Sobreda, Monte, Trafaria, Caparica e Costa da Caparica é um dos problemas mais graves do concelho de Almada. Esta questão está associada à construção ilegal e à falta de investimento adequado na sua reconversão. É não só uma questão qualidade de vida das populações mas também um grave problema ambiental. O concelho de Almada, como toda a Margem Sul do Tejo, está em cima da maior reserva de águas subterrâneas (a melhor para consumo humano) de Portugal e é urgente que se encerrem as centenas de "fossas" que potencialmente a estão a poluir. Basta fazer uma conta simples para ver a dimensão do problema: a frente de lote nas áreas referidas anda entre os 14 e os 20 metros, então temos uma "fossa" pelo menos de 20 em 20 metros. Digo "fossa" com reservas porque uma verdadeira fossa séptica, construída de acordo com as boas regras sanitárias não tem grande impacte ambiental, nada que a natureza não resolva e é um sistema utilizado em muitas zonas rurais. Mas neste caso estamos a falar não de fossas sépticas mas de tanques de dejectos construídos clandestinamente e sem as mais elementares regras sanitárias. São autênticos focos de poluição que urge encerrar.

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