24.5.13

Que terá passado pela cabeça de Sócrates e do seu bando de despesistas em Setembro de 2008? Este gráfico do BCE ajuda a perceber

O texto que publiquei no post com este título a 24 de Maio de 2013 baseava-se num erro que lamento.
O gráfico publicado era referente à zona euro e não a Portugal - como podia ver quem carregasse no link para a fonte que o post continha -  e os comentários nele escritos foram induzidos por esse erro.
Peço desculpa pelo lapso cometido e pelos erros de outrem que possa ter induzido e comprometo-me a redobrar no futuro a vigilância sobre a qualidade da informação aqui publicada.

Alertado para desconfomidade das interpretações feitas com os dados de Portugal por leitores atentos a quem agradeço, optei por apagar o texto porque não faz sentido fazer perdurar um erro podendo corrigi-lo e por publicar o verdadeiro gráfico para Portugal em vez de simplesmente apagar as referências erradas.
Os dados sobre a dívida pública de Portugal disponíveis no site do Banco Central Europeu a 26 de Maio de 2013 são estes:



data chart


Esta série demonstra que a dívida pública portuguesa teve uma tendência estável desde a adesão à União Europeia até ao Euro, oscilando entre os 50% e os 60% do PIB. Mostra também uma tendência de agravamento desde a entrada no Euro. Até 2008 a dívida pública subiu para 71,7% do PIB. Mas apenas em  2008 se entrou  numa tendência de subida vertiginosa: 83,7/% em 2009; 94,0% em 2010, 108,3% em 2011 e 123,6% em 2012.
Mantenho a pergunta: que passou pela cabeça de Sócrates e do seu bando de despesistas em 2008? Concerteza que a falência da Lehmann Brothers em Setembro desse ano é uma explicação mais rigorosa e adequada que as alternativas que circulam por aí.
E também é claro que a dívida ainda não parou de subir vertiginosamene desde que começou o famoso programa de ajustamento que visa precisamente reduzi-la. As estimativas acolhidas pelo BCE são de que mantenha acima dos 120% do PIB, muito acima dos 67,4% de 2007, já com mais de dois anos de governo de Sócrates.

 




8 comentários:

Master Troll disse...

Nem mais.
Infelizmente, a mesma imprensa que compactuou com a direita (voluntariamente ou não) e a levou ao poder está pouco interessada em mostra que o rei vai nu...

Anónimo disse...

Atenção: o gráfico em causa é relativo à zona euro como um todo e não a Portugal.

Basta seguir o link do texto - indo ao site do BCE - para se constatar isso; aliás nem seria preciso, pois a dívida pública portuguesa durante o período - designadamente na fase final - esteve muito acima dos números constantes do gráfico.

A tese defendida no texto não é certamente beneficiada ao assentar em números que não são os de Portugal. Seria bom "postar" uma correção o mais rapidamente possível.

Anónimo disse...

Este artigo teria todo o sentido caso o gráfico fosse sobre Portugal. Mas não é, é relativo a toda a zona Euro. Aqueles números não podiam ser os da nossa dívida pública, que já ultrapassou a barreira de 100% do PIB de há algum tempo a esta parte.

Anónimo disse...


Se esse gráfico (entretanto corrigido) mostra que o aumento da dívida pública em Portugal não se explica pelas decisões do governo de Sócrates, não sei se será possível saber qual a parte dessa despesa é fruto da absorção pelo Estado de dívida privada, nomeadamente da banca portuguesa, e se essa integração na dívida pública da dívida do setor financeiro privado não contribuiu para o ataque aos Estados sociais tal como atualmente assistimos em Portugal, e não fortaleceu o discurso neoliberal plasmado na imagem do Estado gordo. Se sim, diretamente ou indiretamente o modo como o governo do PS tergiversou entre o regresso a Keynes (afirmado no início da crise por Sócrates) e o recuo que se lhe seguiu em 2010 e início de 2011 traduzem (a meu ver) mais uma desorientação tática talvez num certo nível da própria UE mas igualmente do que se deveria esperar da social-democracia europeia nessa crise.

Rui Santos

Anónimo disse...

Perdão?

Ameco reference area Portugal

Seguindo o link do texto, o site demonstra a que país se referem os dados.

Só não vê quem não quer.

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Ainda falta contabilizar os custos que foram atirados pelo Sócrates para os anos futuros. Só em 2014 são mais 1 200 milhões de euros referentes a obras do governo Sócrates, mais os juros brutais que este deixou para pagar. Por isso hoje ainda temos a Divida a crescer.