8.2.10

Há um vereador da CDU Almada que ambiciona ler os meus pensamentos. Engana-se e engana.

Os vereadores do PS de Almada discordam do modelo de gestão do Teatro Municipal. Achamos que deveria ter gestão do município e que esta devia integrar os edifícios do Teatro Municipal e do Forum Romeu Correia. Estamos convencidos que não haveria nenhum prejuízo artístico para a companha residente (a Companhia de Teatro de Almada-Grupo de Teatro de Campolide) e que tal modelo resultaria numa gestão mais eficiente de um modelo que apresenta 350 mil euros/ano de défice no Teatro Municipal a que se junta o défice de Forum.
Estamos ainda convencidos que se a gestão fosse concessionada o devia ser por concurso público e não por adjudicação directa sob a forma de subsídio à cooperativa da referida companhia.
A CDU discorda. Joaquim Benite, compreensivelmente, também. Daí não vem mal nenhum ao mundo. Os almadenses farão o seu juízo sobre a questão e ficam a saber o que cada um defende.
O que é paradigmático da falta de hábitos democráticos dos vereadores locais da CDU é a falsidade que António Matos disse a este site. Não é verdade que eu esteja arrependido de ter votado como votei, nem é verdade que estivesse mal informado. É inadmissível que o senhor vereador me atribua pensamentos que não tenho e inaceitável entre colegas de vereação, que sendo adversários devem lealdade uns aos outros, que recorra a este tipo de declarações. Eu poderia dizer que o senhor vereador fala frequentemente com grande propriedade de coisas de que sabe apenas pela rama, na melhor das hipóteses, mas não quero continuar por aí.
Não percebo que desígnios movem o senhor vereador a proferir publicamente tal falsidade e preferia pensar que se equivocou para não ficar convencido que mente deliberadamente. Porque se assim diz falsidade sobre o que eu penso e posso controlar, como posso estar seguro de que é sincero e diz a verdade sobre coisas que exijam de mim a confiança na sua palavra?

1 comentário:

josé albergaria disse...

Caro Paulo,
É o exposto e o óbvio.
Na URSS, os que tinham opinião diversa do Partido/Estado eram considerados loucos e metidos em manicómios. O caso do fisico Sakarov ainda está vivo na memória dos que têm memória.
As declarações, ontem, do líder shiita do Irão que definiu, assim mesmo, os opositores do actual rumo daquele país.
Quanto ao assunto em apreço,a gestão do teatro Municipal de Almada, ele
há várias soluções.
A própria CDU testou-as.
Na Amadora, com a aquisição da sociedade por quotas Recreios da Amadora; com contratos de comodato, para espaços culturais mais pequenos (Alfornelos)e, a menina cultural da CDU, a AMASCULTURA, uma Associação de Muncipios para a cultura, com sede em Olival de Basto (hoje Odivelas)e que integrava a Amadora,Loures e Vila Franca de Xira. Desapareceu em 2002.
Hoje, o equipamento cultural que lhe serviu de sede está a ser gerido por uma Empresa Municipal, que gere, também, todos os outros equipamentos culturais do Muicípio de Odivelas.
Por tanto, mesmo testadas pela CDU, ele há vários modelos.
A sua proposta parece-me que tem méritos, mas nem sequer é uma novidade. Já foi testada, com vantagens, nuns caso, noutros, com menos eficiência.
Mas é uma possibilidade diferente da que está cometida ao "protocolo" com Joaquim Benite. Aqui é que bate o ponto e a CDU de Almada sabe-o - muito bem,.
Abraço,
J. Albergaria