5.8.09

Contrato com os cidadãos: falta construir infra-estruturas de drenagem de esgotos

A diferença entre a propaganda e a realidade em relação ao tratamento dos esgotos do concelho, segundo um leitor: No século XXI os esgotos de pelo menos 20 % da população residente no Concelho de Almada (30 0000 habitantes) é lançado no rio Tejo sem qualquer tratamento, isto corresponde a lançar no Tejo durante um ano mais de 766 000 Kg de “matéria orgânica”, entre outros poluentes que afectam a fauna e flora do Tejo, desrespeitando a legislação Nacional e comunitária. A propaganda da CDU anuncia a construção de ETARs e com estas infra-estruturas Almada seria uma candidata exemplar à Agenda 21, a realidade é bem diferente, falta construir um conjunto de infra-estruturas de drenagem, que permitam eliminar a descarga dos esgotos para o rio Tejo. É necessário construir: • Estações elevatórias e condutas elevatórias na Banática e Porto Brandão para encaminhar o esgoto para a estação de tratamento do Portinho da Costa; • Estação elevatória e conduta elevatória na zona do Olho-de-boi para ligação das redes de drenagem de Almada Velha, que actualmente descarregam os esgotos na zona do restaurante “Atira-te ao Rio”, assim como realizar as obras necessárias para retirar o esgoto que desagua perto do farol no Largo de Cacilhas. Não podemos esquecer que nas freguesias da Charneca da Caparica e Sobreda ainda existem muitos edifícios que não são servidos por redes de drenagem com os inconvenientes que todos conhecemos de esgotos a escorrer a céu aberto quando as fossas ficam cheias.

1 comentário:

Carlos Pinto disse...

A questão do saneamento básico de milhares de construções nas freguesias da Charneca, Sobreda, Monte, Trafaria, Caparica e Costa da Caparica é um dos problemas mais graves do concelho de Almada.

Esta questão está associada à construção ilegal e à falta de investimento adequado na sua reconversão. É não só uma questão qualidade de vida das populações mas também um grave problema ambiental.

O concelho de Almada, como toda a Margem Sul do Tejo, está em cima da maior reserva de águas subterrâneas (a melhor para consumo humano) de Portugal e é urgente que se encerrem as centenas de "fossas" que potencialmente a estão a poluir.

Basta fazer uma conta simples para ver a dimensão do problema: a frente de lote nas áreas referidas anda entre os 14 e os 20 metros, então temos uma "fossa" pelo menos de 20 em 20 metros.

Digo "fossa" com reservas porque uma verdadeira fossa séptica, construída de acordo com as boas regras sanitárias não tem grande impacte ambiental, nada que a natureza não resolva e é um sistema utilizado em muitas zonas rurais.

Mas neste caso estamos a falar não de fossas sépticas mas de tanques de dejectos construídos clandestinamente e sem as mais elementares regras sanitárias.

São autênticos focos de poluição que urge encerrar.