24.2.10

Mais um passo para o alargamento do microcrédito em Portugal

O microcrédito em Portugal surgiu, de facto, pela mão de um pequeno grupo de activistas que criou, há uma década, a ANDC. Com o empenhamento dos seus membros, protocolos com a banca e apoios do Estado abriu uma porta que já se estendeu também a iniciativas bancárias autónomas. Desde a semana passada, o Governo abriu novos horizontes a esta medida de inclusão pela participação na vida económica, ciando uma nova figura no sistema financeiro, as entidades financeiras de microcrédito. Apesar de não o mencionar directamente, este diploma é um instrumento da família do que se esperaria do Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social.Por mim, gostaria muito de ver entidades da economia social e solidária, incluindo mutualidades, cooperativas e misericórdias tornar-se entidades financeiras de microcrédito, cumprindo os requisitos técnico-financeiros para isso e demonstrando uma mobilização social para a inclusão verdadeiramente à altura da sua importância. Contudo, como é costume acontecer, este regime só terá aplicação real depois da portaria que regula essas entidades ser publicada. Oxalá a portaria saia rapidamente e, já agora, as entidades do sector social mostrem interesse em ser e consigam ser ouvidas na sua elaboração, para que não tenhamos apenas entidades financeiras de microcrédito de papel.

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