Uma empresa privada teve informação do SIED que não devia ter de lá saído? Assim concluiu o Conselho de Fiscalização, depreende-se da notícia. Há um lado bom nesta notícia? O dito Conselho diz que a fuga corrida não põe em causa a segurança nacional. Que alívio! É coisa menor, não alimentaria um capítulo de Le Carré. Podemos dormir descansados.
Que mais informações que não ponham em causa a segurança nacional terão saído do bunker? Afectarão bom nome de pessoas, distorcerão concorrência nos mercados, serão verdadeiras, falsas, meras coscuvilhices? Alguém vai investigar isso? Quando? Como? Com que consequências? Não me agrada a ideia de termos serviços secretos a pingar cirurgicamente informações a pessoas ou entidades ilegítimas para as receber. Regresso à minha tese, já aqui defendida: em Portugal há um défice de institucionalização. As pessoas não conseguem vestir o papel das instituições quando as representam. Uma sociedade que desculpa estes comportamentos é perigosa. Mais tarde ou mais cedo, com um preço mais alto ou mais baixo, vamos dar colectivamente por isso.
1 comentário:
Caro Paulo,
Fiz link.
Obrigado.
Abraço.
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