9.10.08

Grandes males, grandes remédios ou pequenos remendos?

O furacão que irradia de Wall Street não está a provocar apenas uma crise económica. Parece que produziu também um eclipse total dos que defendem a desregulação dos mercados. Ainda há poucos meses não faltava quem esgrimisse argumentos demonstrando o carácter parasitário do Estado na economia e queixando-se de que a carga fiscal produz perda de eficiência económica. Esperar-se-ia de quem pensa neste registo que nos fizesse chegar uma doutrina consistente sobre como saír desta crise pelo lado liberal, ou seja com intervenção mínima do Estado e esperando pelos dinamismos do mercado. Ora, parece que o consenso ou pelo menos o pensamento hegemónico neste momento vai por outro lado. Continue a ler aqui.

1 comentário:

Anónimo disse...

Sem dúvida.

É que, se bem que no mercado dos combustíveis, ainda se poderia dizer que, não obstante a especulação que levou o preço do crude para números imensos (147 dólares), o próprio mercado corrigiu essa especulação, baixando entretanto a barreira dos 90 dólares, a verdade é que, nos mercados financeiros, penso que poucos seriam aqueles que acreditariam que a crise do subprime nos EUA, começada há mais de 1 ano, gerasse tamanha crise mundial.

Mas mais, assistimos no país dito o mais liberal (economicamente falando) do mundo, país modelo para muitos dos nossos parlamentares, a uma espécie de nacionalizações impensáveis, mas que tiveram, ainda assim, o condão de evitar males maiores para a sociedade.

Entidades reguladoras fortes é o que se quer...infelizmente não parece que em Portugal essa força necessária exista, pelo menos, ainda.

Cumprimentos,


PN