26.11.08

O banco e as ansiedades dos clientes

Gosto de ver publicidade bem feita. Nos últimos tempos dei por mim a ficar com a atenção presa à do Grupo Santander. Como se sabe, há muito quem pense que o segredo do marketing está na segmentação, ou seja na capacidade de dar tantas mensagens quantos os tipos de público a que se dirige. Essa estratégia, que quase todos os partidos usam, tem os seus limites. Nos seus antípodas tácticos está a estratégia que se centra numa mensagem unificadora. O Santander tem-na. Antes, quando achavamos que estava a ser cada vez mais dificil ser bem atendidos no banco, reenviados de call center para call center, forçados a fazer solitariamente as operações bancárias sem ter ninguém com quem falar, o Santander dizia-nos que crescia para perto de nós e, pelo menos eu, dei por mim a pensar quantas agências havia nos circuitos por onde me movo. Agora, que todos temos uma dúvida principal, a de que o nosso banco (quero dizer, em casos como o meu, só aquele de que somos clientes) se aguente, o Santander dá-nos, pelo menos em Portugal, música alegre, natureza e canta-nos ao ouvido que é "solid as a rock" e, pelo menos eu dou por mim a lembrar-me que li algures que pelo seu tipo de investimentos o Grupo Santander deve resistir bem à crise. Os directores de marketing deles merecem o ordenado, se o tiverem do modo adequado e proporcional que certos segmentos da banca parecem ter perdido. PS. Afinal, dizem-me os leitores, o director de marketing acaba de sair do Grupo "para abraçar novos projectos". Só mostra como não estou por dentro do meio.

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