19.10.10

Mário Murteira aponta os verdadeiros dilemas da nossa política economica

Enquanto muitos se perdem na espuma do curtissimo prazo, já nem vendo as àrvores, mas apenas alguns dos seus ramos, há quem se dedique a pensar os nossos problemas estruturais e os nossos verdadeiros problemas de fundo.
Mário Murteira, na Areia dos Dias (obrigado Acácio por me ter chamado a atenção para o link), reflecte sobre as dificuldades estruturais que nos criou a integração no capitalismo da hoje Europa alargada e que muitos, mesmo entre os que se movem profissionalmente de modo exclusivo no triângulo educação-formação-relações de trabalho ainda não viram.
Há um conflito, dificilmente superável, do curto e do longo prazo, como horizontes da Política Económica Nacional. Ou, dito doutra forma, entre a gestão precipitada da economia nacional, à beira do colapso financeiro, em ambiente de crise económica mundial, e a gestão prudente do desenvolvimento dos recursos humanos nacionais, com correspondentes reformas no sistema educativo e nas condições actuais do «diálogo social», implicando além do mais uma verdadeira metamorfose sindical.

Conseguir alguma forma de conjugação eficaz destas duas visões da Política Económica, parece ser o principal desafio da Política «tout court», no Portugal de hoje.

O problema, caro Professor, é que a metamorfose necessária para resolver esse conflito é bem mais ampla do que a sindical, é patronal, é político-ideológica, é a reinvenção dos caminhos nacionais e nem a simples gestão dos constrangimentos nem a apetência de poder de um sector liberal sem tradição e, julgo, sem futuro a médio prazo em Portugal vão por aqui.

1 comentário:

Carta a Garcia disse...

Caro Paulo,

Fiz link para "A Carta a Garcia".
Obrigado,
OC