10.1.09
As políticas de emprego em tempo de crise
Há muito que defendo que as políticas de emprego deveriam ajustar-se melhor ao ciclo económico, nomeadamente aforrando recursos nas fases boas do ciclo económico para libertar nas fases más. Por maioria de razão devem adaptar-se à crise económica. Foi isso mesmo que disse à Lusa, a respeito das propostas do Boletim económico de Inverno do Banco de Portugal.
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1 comentário:
Se o grande problema, no qual o governo se vai focar em 2009, é o emprego, a única estratégia possível é apoiar as PME, que representam 90% das empresas portuguesas e 80% do emprego em Portugal.
A criação de emprego a partir do investimento em obras púbicas é uma falácia. Os empregos criados para esses efeitos são precários, temporários e custam talvez 10 vezes mais ao contribuinte.
Apoiando e incentivando as PME, o governo poderia lutar contra o desemprego de uma forma mais barata. Além de que, nas PME trabalham as pessoas que mais precisam de ajuda nesta altura de crise: a classe média, média-baixa e média-alta. São eles o motor de qualquer país.
Apoiando as PME, os empregos destas pessoas estariam mais seguros. E numa altura de crise, em que também há algumas oportunidades, poderiam até algumas PME crescer e criar mais postos de trabalho.
Mas o governo PS e o primeiro-ministro José Sócrates preferem esquecer o essencial do tecido empresarial português, preferem apoiar as grandes empresas e depois fazer caridade junto dos que perderam os empregos (consequência da falência das PME).
Sócrates “deu” á banca milhões de euros, que tinham como destino as empresas portuguesas. Esses milhões deveriam servir para os bancos terem dinheiro para emprestar ás empresas. Mas esse crédito vai ser todo gasto a financiar as grandes empresas que constroem as obras públicas. As PME ficarão na mesma, abandonadas.
Sócrates é um político fraco e um mau líder. Sócrates prefere o caminho mais fácil, mais caro e com piores consequências. Sócrates leva Portugal, de TGV, para uma crise mais profunda. Sócrates bem tenta, mas não tem capacidade para governar. Sócrates prova, agora como PM, a incapacidade e insensibilidade que demonstrou quando foi Ministro do Ambiente.
pode ser visto em: Mudar Portugal?
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