A ingovernabilidade do Afeganistão já era conhecida de Eça de Queiróz, como sabemos. Agora, a tentativa de saír da guerra pela via do reconhecimento de que a história nos forneceu um modelo de ingovernabilidade governável ganhou um adepto (que pelo menos já foi) de peso. A ingovernabilidade governável passa por um governo central frágil, grande autonomia às regiões e uma estrutura de poder pré-moderna baseada na estrutura clânica e nos códigos religiosos, defende David Miliband. A frase-chave não podia ser mais clara: "State or international security forces will not stabilize the country; only a peace deal can do that" (leia em "The way out of Afhganistan, don't militarize diplomacy").
A NATO prepara-se para deixar o Afeganistão do mesmo modo que a URSS, simplesmente retirando. Mas, racionalize-se como se quiser o facto, não foi para isso que lá entrou. Missão acabada, mas não cumprida.
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