Vigiam a noite
sons sinistros sirene segredo
vigiam a noite
ouvidos ocultos telefone de medo
vigiam a noite
esquinas agudas paredes sombrias
vigiam a noite
encapotados de noite vergonha dos dias
vigiam a noite
gatos regatos silêncios vigiam
casas vigiam vigiam estrelas
barcos ventos velas
vigiam a noite
resina do terror suspeita
a cada esquina assomando
vigiam a noite
noite na note de negro cingida
vigiam a noite
noite na note de negro cingida
vigiam a noite
sombra desfeita assomando outra vez
cigarro de sarro suplício coragem
maio florido maio português
(José Carlos de Vasconcelos, Poemas Livres 3, Porto, Edição dos Autores, 1968, 94 páginas. Coordenação dos Autores. (s/ Depósito Legal; s/ ISBN)).
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