21.8.12

Louçã, o novo backseat driver

Há muito tempo que Francisco Louçã não falava tanto sobre o futuro do BE, da liderança à estratégia, quanto como nos últimos dias. Nenhuma organização passa incólume por um ex-líder que tenta passar a backseat driver. O PS após a saída de Mário Soares e o PSD depois de Cavaco podem testemunhá-lo. Mais uma vez Louçã demonstra que não é Joschka Fisher e mais uma vez faz mal ao Bloco que não seja capaz de separar a sua pessoa da organização de que foi co-fundador e a que dedicou grande parte das suas energias. Se ele e quem com ele manda hoje no seu partido decidiu que é melhor que saia, é bom que os camaradas o ajudem a terminar o mandato com dignidade e que alguém lhe explique que ser ex tem códigos de conduta e obrigações. Nisso, tem um exemplo recente de grande capacidade em Carvalho da Silva que até deve ter mais razões objectivas para que lhe custe estar calado sobre a "sua" organização do que ele.

1 comentário:

Francisco Tavares disse...

A ascensão meteórica do BE ter-se-à devido em parte, ou sobretudo, ao safanão da política de exigência em educação imprimida pelos governos de José Sócrates.
No entanto, os desiludidos com o PS depressa concluiram que o BE não podia fazer muito por eles. E voltaram-se para os partidos de direita, defensores da autoridade (ou do autoritarismo?) em política de educação. E sobretudo para o CDS que foi, de facto, quem mais explorou e aproveitou, com demagogia que baste, esta questão da autoridade em educação.