Em 1988 entrei para a Comissão Nacional do PS, por indicação de Vitor Constâncio. Era então o seu mais jovem membro eleito em Congresso.
Fiquei por lá estes 25 anos, em que dediquei com maior ou menor intensidade uma parte da minha vida quotidiana à actividade partidária.
Há dois anos achei que o contributo que poderia dar para a cidadania activa deveria mudar de natureza, mas entendi também que deveria ter o meu nome ao lado de Francisco Assis, que apoiei e foi derrotado, até ao fim da sua candidatura. Não era o momento de sair completamente. Pedi-lhe apenas para sair da Comissão Política.
Agora, com o partido coeso em torno do seu Secretário-Geral eleito quase por unanimidade, iniciando verdadeiramente a caminhada do novo ciclo e preparando-se para o regresso ao poder, é o momento para serem dirigentes partidários aqueles que farão a alternativa que o PS propõe ao país.
Penso que quando como agora
se começam as caminhadas vitoriosas, é o momento natural para alguns saírem e outros entrarem.
Foi por isso que já há alguns dias fiz saber a quem foi mandatado para tratar do assunto que não queria ser indicado de novo para os órgãos nacionais do PS. É por isso que digo agora que o meu empenhamento político próximo passará pela energia que tiver e puder dar para que a esquerda se repense, o que farei fora dos palcos da acção partidária e acreditando que o país só muda para melhor, só sairemos da crise com mais progresso, liberdade e igualdade, se os partidos da esquerda mudarem.
Como diz um provérbio não sei de que origem, se fizermos o que sempre fizemos, teremos o que sempre tivemos.
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