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Esta noite fui ver o
Jan Garbarek Group featuring Manu Katche, no Palácio Nacional da Cultura de Sofia.
O concerto teve momentos de jazz, mas abriu bastante eléctrico e fechou a swingar, para voltar ao cânone Garbarek no
encore.
Nunca tinha ouvido esta formação, cuja dinâmica se aproxima mais da
pop que do jazz.
O primeiro protagonismo foi da bateria. Mas
Manu Kache não faz o meu estilo. É (ou foi aqui) demasiado seco, muito enérgico mas pouco subtil.
O melhor desta fase acabou por ser o "solo a trio" do baixo, que gravou ali mesmo o refrão e uma segunda frase e sobrepôs o solo propriamente dito à repetição do ritmo.
O concerto já levava quase uma hora quando passou a uma fase
zen: a tela que fazia de cenário passou de tons azuis a laranja e brilhou o dueto saxofone-piano. O piano pensativo e a harmonia das escalas do saxofone deram-me os melhores momentos da noite.
À medida que a segunda hora de música avançava, os sons abriram-se a um
pop festivo em que a bateria voltou, francamente mais a meu gosto, e os músicos swingaram, enquanto a tela ruborescia.
Foi pena que não tenha resultado a passagem pelos sons
folk, porque ao momento da flauta campestre faltaram outras percussões.
No fecho, ouviu-se o cânone Garbarek e o
encore foi, naturalmente, do líder.
Sem ser um concerto fabuloso, a noite passou-se bem.
Reparo no
ócio, que a banda passou, no ano passado, pelo Guimarães Jazz.
1 comentário:
Satisfeito por ter notícias. De facto, a Europa é contagiante. ARA
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