17.8.09

Contentores na Trafaria? É uma visão passadista do papel da margem sul na AML, reafirmo.

Por muito que António Fonseca Ferreira se irrite com as minhas opiniões, continuarei a defender que a Trafaria não é o local próprio para instalar um terminal de contentores. Se voltar a ser incorrecto comigo no plano pessoal, garanto-lhe que, tal como agora, não responderei na mesma moeda, porque discuto e qualifico ideias e não pessoas. A desqualificação pessoal de quem tem ideias diferentes das minhas não faz parte da minha maneira de agir e surpreende-me que faça parte da dele. Se ele considera que a alternativa de futuro passa por, em caso de necessidade de expansão do terminal de contentores, o levar para a Trafaria, está no seu direito. Não será a primeira vez que tem uma ideia sobre o desenvolvimento da Área Metropolitana que não partilho e não será, provavelmente, a última. Estudarei sempre os seus argumentos e darei às suas posições os nomes que acho que elas têm. E sempre que ele defender uma visão passadista do futuro da margem sul e de Almada em particular, pode ter a certeza que continuarei a dizê-lo preto no branco, irrite-se e seja deselegante ou não, que esse tipo de reacção não muda nada.

6 comentários:

Anónimo disse...

boa Paulo

é triste ver o homem a fazer fretes á Maria Emilia

a trafaria não é o depósito de Lisboa

continua a defender o que é melhor para o concelho de almada

Pedro

GMaciel disse...

A voz popular é pródiga em provérbios que assentariam como uma luva a esse "senhor", mas eu prefiro dizer que quando a nossa sombra é maior do que nós até os cães se assustam, por isso latem tanto.

abraço e força

Anónimo disse...

É muito interessante ver o Paulo Pedroso levantar agora a voz contra a passagem do Terminal do Contentores para a Trafaria. Esta é uma guerra antiga que vem desde o início dos anos 90 e não me lembro de ouvir a sua voz, nem de participar em nenhum dos debates que se travaram na Trafaria, sobre este projecto da APL e do Governo. Como o Paulo sabe a questão é de fácil resolução, basta entender-se com o seu camarada Fonseca Ferreira até agora Presidente da CCDR e actual candidato do PS à Câmara de Palmela e com os seus camaradas Francisco Nunes Correia e Mário Lino. Esperamos que mantenha essa posição depois do dia 11 de Outubro. A população do concelho de Almada e em particular a da Trafaria estarão atentas.

Ana Miguéns disse...

Afinal, não passa tudo de um problema de escala!

Dos argumentos de Fonseca Ferreira,
o terminal na Trafaria justificar-se-ia pelo aumento do tráfego anual de contentores, acima dos 600 mil, no terminal de Alcântara.
No meio disto tudo, na mesma visão estratégica para a Grande Área Metropolitana de Lisboa, onde se inclui obviamente a Península de Setúbal, onde ficam os portos de Setúbal e Sines??
Fonseca Ferreira fala em "acautelar o futuro numa visão de desenvolvimento próprio da Península de Setúbal" e nas "oportunidades de desenvolvimento económico e social que, projectos como o novo aeroporto de Alcochete e a plataforma logística do poceirão, podem justificar um terminal portuário para reforço da autonomia e desenvolvimento" da própria península, esquecendo que a Península está mais que equipada e subaproveitada, refira-se (!), não precisando de extensões à Trafaria. Um território sem escala e sem acessibilidades, para dar uma resposta verdadeiramente competitiva a este nível! Para além de comprometer sériamente a qualidade de vida dos trafarienses!
Talvez FF ainda não tenha percebido, que a Grande Área Metropolitana de Lisboa só faz sentido, à escala mundial, quando engloba todo o seu território! E portanto a extensão do terminal de Alcântara, deve ser encarada a esta escala, também! Sendo Setúbal e Sines, as soluções expectantes, imediatas e naturais, diria mesmo!!!

Anónimo disse...

Penso que é importante esclarecer o anónimo das 14h55 que o actual Governo, nas Orientações Estratégicas para o Sector Marítimo Portuário, não consagrou a Trafaria como reserva para construção que qualquer Terminal de Contentores.O PS sempre defendeu que a margem sulnão deve ter aumento ca capacidade portuária instalada, designadamente,sempre foi contra a instalação de um porto de contentores na Trafaria.
António Mendes

Carlos Pinto disse...

Apenas algumas notas soltas sobre a questão dos contentores na Trafaria:

1. Na visão estratégica da cidade das duas margens qual é o papel a desempenhar pelo concelho de Almada, duma forma geral, e da Trafaria em particular?

2. Almada (e a Trafaria, pois claro...) devem valorizar a sua histórica relação afectiva e económica com o mar. Mas de acordo com os seus próprios objectivos de desenvolvimento local e regional e não como reserva territorial de Lisboa. Almada não pode ser a "paisagem" expectante da capital.

3. Há aqui um problema de perequação regional: como repartir de forma junta os benefícios e encargos do desenvolvimento da região de Lisboa? Deve a Trafaria continuar a suportar os encargos (ambientais, sociais, económicos...) sem beneficiar dos benefícios?

É uma discussão necessária e que deve ser actualizada à luz da decisão de localizar importantes infra-estruturas regionais na Margem Sul e sem ideias rígidas à partida.

A arquitecta Ana Miguéns alarga a visão do problema e, parece-me, permite encontrar novas respostas para o problema dos contentores a uma escala regional.

Vale a pena pensar nessa dimensão regional se a actividade do actual Porto de Lisboa atingir um outro patamar, acima dos 600.000 contentores.

Já agora, para a minha colega Ana Miguéns, os meus votos de sucesso na Cova da Piedade.