A actual política camarária , como tenho repetido, cortou a cidade ao meio, partiu o coração ao seu centro. Luis Bento, no Hello sailors, publicou esta fotografia, bem nítida, da situação. Como ele escreveu, este pequeno largo na foto, durante muitos anos, fez a ligação do jardim de Almada e do tribunal ao coração comercial da cidade: a Praça da Renovação. Está, ao dia de semana, como se ilustra.
4 comentários:
Vivo há 44 anos em Almada. Lembro-me do ponto de encontro, fervilhante de vida e entusiasmo, ser o Café Central, na Praça do MFA, antiga Renovação. Quem queria encontrar alguém, era para aí que se dirigia. Entre a Renovação e a Praça Gil Vicente, o corropio de pessoas, qual formigueiro, era impressionante, muito em especial no Verão. Agora faz-me aflição ver o deserto em que se transformou esta cidade.
Modernidade? Mobilidade? Como é que se faz uma cidade sem pessoas?
:(
A propósito comento hoje directamente de Manteigas, onde estou de férias.
Ninguém de bom senso está contra a criação de zonas pedonais nas cidades e na necessidade de ordenar a circulação automóvel e o estacionamento. O problema começa quando se escolhem artérias e espaços urbanos que não são adequados a serem pedonais.
É caso do eixo central da cidade de Almada.
Hoje estive em Seia e vi como foram pedonizadas ruas secundárias, onde os comerciantes instalaram esplanadas em espaços criados para esse efeito. Há oferta de estacionamento perto das zonas comerciais. Uma comerciante disse-me que lutaram por estacionamento gratuito em algumas ruas e a câmara percebeu e acedeu.
Em Seia andei de carro e andei a pé, tive a liberdade de fazer as escolhas que mais me convinham e a cidade funciona com as várias formas de mobilidade.
Há em Portugal muitos outros exemplos de coexistência pacífica entre as diversas formas de mobilidade e onde a introdução de zonas pedonais fez-se sem prejudicar a VIDA urbana.
Bastava aprender com quem já fez bem feito e fazer melhor em Almada.
Embora um pouco atrasado, este meu comentário, vem apenas chamar a atenção para o post desta manhã do blog "emalmada" que termina dizendo: "betão no chão é dinheiro na mão!" e que uma vez mais (abençoada paciência deste blogger!) vem dizer o que todos sentimos, os que aqui vivemos.
De facto, a aridez criada pela reabilitação urbana contraria a propaganda sobre a defesa de um concelho a favor do ambiente.
Qualquer pequeno espaço que outrora fora um jardim, ou mesmo só, um canteiro, foi substituído por empedrados ou betão.
Assim, não dá gosto viver em Almada!
Por favor... ganhe esta Câmara e mude esta desolação...
Com o devido pedido de desculpas ao Dr. Paulo Pedroso, permito-me o abuso de responder ao comentário do anónimo.
Caro anónimo, graças ao Em Almada, ao A-Sul, ao Triângulo da Ramalha - todos blogues da margem sul - entre outros de igual mérito, podemos contestar, discutir ou denunciar as aberrações deste executivo camarário, mas não é suficiente.
Pede para que o Dr. Paulo Pedroso ganhe esta câmara. Meu caro, mais do que pedi-lo, temos de trabalhar para que tal aconteça. Assim, sugiro que passe palavra, faça campanha entre familiares e amigos, divulgue as ideias do candidato, publicite este blogue, e estaremos todos a contribuir para a mudança desejada.
um abraço e sigamos para "bingo"
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