4.8.09

Quem assim tem que perseguir no seu próprio partido como poderia congregar vontades no país?

Entre os que andam por aí não deve faltar quem veja na exclusão de Pedro Passos Coelho das listas de deputados do seu partido uma prova de virilidade da líder, uma afirmação inequívoca do seu cavaquismo de saias. Por mim, vejo apenas os sintomas do medo da própria sombra, da incapacidade de congregar diferenças em torno de um projecto mobilizador. Mal alnda o partido que aspira a ser alternativa de governo se necessita para se legitimar de ir buscar a simpática mas ultradireitista Maria José Nogueira Pinto e de ostracizar o ambicioso mas internamente representativo candidato a líder derrotado por margem relativamente estreita. Segundo esta notícia do DN, Manuela Ferreira Leite invocou razões pessoais para o excluir. Muito mal tem que andar um partido que ambiciona ser poder num país europeu se a sua elite dirigente se detesta reciprocamente a tal ponto que não consegue, sequer internamente, impôr-se regras de conduta que façam os debates políticos não transbordar para o plano pessoal e o mundo do Parlamento se torna pequeno para dois líderes em oposição. Pior ainda andará se os "motivos pessoais" não passarem de desculpa de mau pagador para afastar com poderes paraditatoriais o máximo representante de uma corrente interna. Talvez me engane, mas esta pode ser a primeira de uma série de provas de fraqueza que tornarão visível ao país que Manuela Ferreira Leite não reune os requisitos políticos e de personalidade necessários para ser Primeira-Ministra.

4 comentários:

Anónimo disse...

Se duvidas existiam da avòzinha sempre arrogante e zangada com todos aqueles que na sua visão Politica cada vez mais próxima de ditadura, com o afastamento das listas para a assembleia da Republica ela a avòzinha exclui por medo de ser ultrapassada nas ideias por um jovem com talento é a prova inequívoca que não está nem nunca esteve preparada para ser Primeira Ministra dum País moderno , inovador e competitivo: Imagine o cidadão Português a Avòzinha como Primeira Ministra e o Dr Pedro Santana Lopes como Presidente Da c. m . Lisboa, era melhor mudar de País para viver.
Pessoas que não sabem conviver em Democracia é melhor escolherem outra profissão, para darem lugar a pessoas mais capazes.

Anibal Teixeira

Anónimo disse...

Pior cenário ainda seria, a avòzinha primeira-ministra,santana lopes presidente da CML e a MES continuar na CMA........fonix.

Luis Melo disse...

Se Pedro Passos Coelho fosse um homem coerente, recusava entrar em qualquer lista do PSD. Nas eleições internas do PSD disse ser contra quase todas as ideias de Manuela Ferreira Leite.

Ao fazer este "braço de ferro" para ficar na lista de Vila Real, está nitidamente à procura de "lugar" para se "posicionar". Ou seja, é uma atitude que tem por base um objectivo pessoal e partidário ao invés de um propósito nacional e colectivo.

Este "enviado especial" de Ângelo Correia e dos seus interesses está, da pior maneira, a tentar ganhar o seu espaço no partido, esperando que o PSD perca as eleições de 27 Setembro, para poder avançar.

O que vale, o tiro vai-lhes sair pela culatra.

Carlos Pinto disse...

A decisão do Conselho Nacional do PSD foi uma decisão democrática a culminar um processo interno de escolha de candidatos que teve regras claras definidas e que PPC teimou em não respeitar.

Trata-se de fazer escolhas legitimas para integrar o grupo parlamentar que existe para servir o país e não para negociar equilíbrios internos.

PPC perdeu a eleição interna e logo no dia seguinte iniciou uma campanha de desgaste interno e externo da direcção do PSD, que dura há mais de um ano como se viu em plena campanha para as europeias. Ninguém mete a raposa dentro da capoeira das galinhas.

De resto as tendências internas no PSD estão representadas nas diversas estruturas concelhias, distritais e nacionais. Muitos militantes de todas elas estão envolvidos nas centenas de batalhas eleitorais nas autárquicas.

De que estatuto especial se arroga PPC para só aceitar ser cabeça de lista ao parlamento no círculo de Vila Real?

Quem não quis ser congregado foi PPC, do alto da sua arrogância. Mas qual a contribuição de PPC para o país que justifique tamanha ambição? Eu não conheço, alguém conhece?

Eu, que me sinto social-democrata na esquerda do PSD compreendo a opção política de MFL. É também uma opção entre a corrente social-democrata e a liberal que PPC representa.

Mas PPC ainda vai a tempo de integrar uma qualquer candidatura autárquica no distrito. Só é preciso alguma humildade democrática e vontade de serviço público.