26.11.09

Começar de novo

No seu primeiro mês, o novo Governo fez tudo para pôr o contador a zero e começar de novo em 2010: apaziguou os professores, anulou as taxas moderadoras que tinha criado na saúde, melhorou finalmente a protecção social dos desempregados, abandonou o discurso de ataque às corporações, apresentou uma alteração orçamental que põe a descoberto as fragilidades do orçamento deste ano e provisiona o necessário para que operações conjunturais sejam reabsorvidas, sem contaminarem excessivamente o próximo.
Este é um recomeço solitário do PS porque, se pode bem ser que ninguém tenha levado a sério o exercício, a verdade é que nenhum partido esteve disponível para fazer parte de um entendimento duradouro, que garantisse estabilidade para toda a legislatura.
Na formação do Governo, José Sócrates deu um sinal políticamente correcto na escolha de ministras, mas apostou de novo tudo em si próprio. Manteve o punhado de políticos experientes com que trabalha desde o início da legislatura anterior, juntando-lhe muitos tecnocratas e jovens quadros saídos dos gabinetes, incluindo o seu.
Surpreendente, para quem esperasse maior abertura interna ao PS, é a renovação da não inclusão de António José Seguro no leque de ministros e a resistência à promoção de secretários de Estado.
Neste começar de novo há algumas apostas estratégicas.
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