10.12.11

A FER acha que o Bloco se social-democratizou? Só é pena não ser verdade

Quem tenha acompanhado os movimentos trotskistas em Portugal não tem nem que ficar surpreendido nem que pensar que a saída do Bloco por parte da FER seja irreversível.
A relação entre os "morenistas" e os "mandelistas" sempre foi tensa e os camaradas de Gil Garcia e os de Francisco Louçã já se juntaram e romperam mais que uma vez desde o PREC. Deste grupo, o único movimento surpreendente foi quando os LST se uniram a Francisco Martins Rodrigues e à "Política Operária" depois do "Anti-Dimitrov". Em rigor, foi um gesto à escala desses grupusculos tão surpreeendente quanto a fusão num partido do PSR e da UDP.
A FER acha que o BE se social-democratizou? Só é pena não ser verdade. Por isso, Louçã deve ter a certeza que eles voltarão de novo. Por isso não comentará. Se João Semedo é mais agressivo na reacção é só porque vem de outra margem do BE. Em rigor, provavelmente João Semedo gostava que a crítica dos FER fosse mais fundada do que, de facto, é.

2 comentários:

Jaime Santos disse...

Pois, depois da deriva social-liberal do PS e das relações demasiado próximas entre o Governo de Sócrates e uma parte da classe empresarial portuguesa (para grande escândalo da parte oposta, que se sentiu injustiçada), faz bem falta um partido social-democrata em Portugal (coisa que o PS provavelmente não é desde Guterres, salvo o consulado de Ferro Rodrigues)...

ACÁCIO LIMA disse...

SOCIAIS DEMOCRATAS E PARLAMENTARISTAS

01- Realmente a FER falhou redundamente ao referir que o Bloco optou pela “Social Democracia” e pelo,”Parlamentarismo”.

02- Percebe-se bem esta sua visão, pois a FER não se adapta às Instituições Democráticas, do Estado de Direito, legado da Revolução Francesa. Daí a referência ao “Parlamentarismo”.

03- Mas erram também na questão da “Social Democracia”, basta ler as críticas de bloquistas de “peso” à intervenção de Helmut Schmidt, no último Congresso do Partido Socialista Alemão.

04- Vamos tendo a fuga ao Estado de Direito, como vamos tendo a ausência (omissão) a uma Crítica Radical à Doutrina Corporativa que formatou o Estado Novo, salazarista.

05- E volta a ser a omissão, a omissão de uma formulação de uma Nova Geração de Políticas Sociais, e a omissão de Novos Desenvolvimentos de Políticas Ativas de Emprego, a marcar a discussão entre o Bloco e a FER.

Boa Tarde.
Bom Dia de Lazer.
Cordias Saudações de Muito Apreço de

ACÁCIO LIMA