Se Portugal fosse a Grécia, o PSD tinha acabado de ganhar por pouco as eleições ao Bloco de Esquerda e o PNR tinha eleito duas dezenas de deputados. O CDS ter-se-ia desvinculado do memorando de entendimento com a troika e por isso apenas o PSD e o PS, que tinha ficado em terceiro lugar, poderiam formar um governo capaz de se manter no quadro da negociação com a dita. Mas, para além da fraglidade resultante de terem sido penalizados pelo eleitorado, faltava-lhes um deputado para chegar à maioria.
Se Portugal fosse a Grécia, Passos Coelho tinha ido a Belém dizer a Cavaco que não conseguia formar governo com Seguro, que tinha ele próprio posto grandes reservas a manter-se no quadro da negociação com a troika. Cavaco teria convidado Francisco Louçã a tentar formar governo, mas Jerónimo já teria feito saber que não o apoiaria, porque exige mesmo a saída do Euro e não apenas a ruptura com a troika.
Nenhum político português tem inveja do seu homólogo grego, excepto o senhor Pinto Coelho. Mas ainda nos falta um segundo memorando de entendimento para que os portugueses entrem no estado face à política e à Europa em que os gregos estão agora. Oxalá os portugueses nunca se sintam no beco sem saída em que os gregos se sentiam no domingo passado.
3 comentários:
A similitude da situação grega e portuguesa tem mais elementos. Na Grécia como em Portugal, foi a direita que mais exigiu eleições. E curiosamente também, a situação seguinte às eleições é nos dois países pior que a situação anterior.
A direita é assim. Adora a austeridade.
Se Portugal fosse a Grécia, como ficaria por alto a distribuiçäo de lugares no Parlamento?
É que me parece que se Portugal fosse a Grécia, BE+PCP estariam perto da maioria absoluta (supondo dividir irmamente a % do DimAr entre BE e PS e dando ao PSD a % do AEl).
parabens ao aurora dourada .
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