6.12.12

A casa e os impostos, o inferno dos portugueses? (a ler o Barómetro Social, 5ª série de 2012)

A polémica dos bifes é um fait-divers anacrónico. Os encargos com alimentação desceram de metade do orçamento das famílias em 67/68 para 13% em 2010/2011. O que nos consome é a casa  (27% da despesa das famílias),  o lazer e cultura (18%) e os transportes e comunicações (16%), segundo escrevem Mónica Truninger e José Gomes Ferreira.
A classe média está esmagada pelas despesas e vê no Estado e na inflação os seus maiores inimigos actuais. O que está a espremer a dita classe média portuguesa, acha ela num inquérito online feito em Outubro e Novembro de 2012, é o aumento de impostos e/ou de contribuições (diz 74%), o aumento de encargos/custo de vida (62%) e só depois a perda de benefícios sociais (38%), a diminuição de salário/rendimentos (25%) e o desemprego (14%), escreve Rosário Mauritti. Claro que estes foram os meses de grande visibilidade do Orçamento de Estado. Pero que las hay.
Estes e outros trabalhos interessantes estão disponíveis online,  na 5ª série de artigos de 2012 da Plataforma Barómetro Social.

1 comentário:

Anónimo disse...

É o que dá ter pouco contacto com as famílias pobres. Esses valores são corretos para a família média, mas não para as mais pobres.
No outro dia também lhe expliquei que uma coisa é o valor monetário de um alimento, outra o ser valor alimentar.
Sugiro-lhe uma coisinha, para perceber alguma coisa da realidade dos mais pobres vá fazer uns mesitos de voluntariado numa instituição que ajude as famílias mais carenciadas. Virá com outra visão das coisas. Aprenderá muito.

leopardo