10.12.12

Frei Tomás em Almada - hoje, PS, PSD e BE responderam à altura à CDU


Em Almada, em dois anos de crise, as funções sociais descem de 69% (em 2011) para 55% da despesa municipal (na proposta de Orçamento hoje reprovada). Nos cálculos de base para este orçamento, a CDU recusa-se a incorporar uma descida do IMI de 0,7 para 0,68 (e de 0,4 para 0,38) e uma isenção de derrama para as empresas que criarem 3 ou mais postos de trabalho. E, como tem feito recorrentemente, a Presidente de Câmara recusa-se a pôr à votação propostas que são apresentadas. Ou as apresenta travestindo-as em propostas suas (como aconteceu com a proposta do PS de repôr as transferências para as freguesias ao nível do ano passado) ou pura e simplesmente as fecha na gaveta e não deixa que os municípes saibam quem está a favor e contra o quê.
Hoje, os vereadores de todos os partidos responderam sem tibiezas e de modo adequado aos erros de orientação estratégica do município neste tempo de crise e à condução autoritária do trabalho da Câmara pela Presidente.
Por razões profissionais, como tem acontecido outras vezes, não pude estar pessoalmente na reunião, mas no PS trabalhamos em equipa e o nosso comportamento não depende de quem é o vereador que, entre os seus afazeres profissionais e cívicos, está disponível para participar fisicamente em cada momento e em cada reunião convocada.
Como foi desde já convocada a reunião para sexta-feira, dia mais compatível com a presença de quem não é vereador profissional da política  e trabalha frequentemente a grande distância que a quarta-feira, lá estarei desta vez pessoalmente, a menos que os transportes me traiam.
Em nome dos munícipes que desejam que Almada mude, obrigado António Mendes, Maria de Assis e Teodolinda Monteiro e obrigado também aos vereadores Pedroso de Almeida e Nuno Matias, do PSD e à vereadora Helena Oliveira do BE por esta decisão histórica que, derrotando pela primeira vez a CDU num orçamento municipal, deixa claras as contradições entre o discurso de oposição do PCP na Assembleia da República e a sua prática no poder municipal.
Oxalá a Presidente aproveite os dias que restam para reflectir e aceitar agora o que recusou até aqui, porque me recuso a acreditar que algum vereador, seja de que partido for, pactue com o orçamento que a CDU hoje apresentou.

Sem comentários: