22.2.13

Deputados portugueses: desconectados ou livres?

Jorge Almeida analisou as fichas biográficas dos deputados na X e XI legislatura e observou que a maior parte deles não participa em cargos dirigentes de organizações cívicas. Mais, que entre a X e a XI legislatura  a percentagem de deputados-dirigentes cívicos desceu de 32% para 20%. Daí concluiu que há indícios de uma preocupante ausência de contacto cívico organizado e sistemático entre eleitores e eleitos.
A sua conclusão leva-me a uma pergunta, que implica problematizá-la. Deve dizer-se dos deputados que não são dirigentes de grupos de interesses que são desconectados ou que são livres? Uma coisa ou outra, é melhor para a democracia que os deputados sejam formalmente independentes de causas outras que não as partidárias ou que não o sejam? Pode não parecer, mas está subjacente à resposta um programa político para o papel do Parlamento na sociedade portuguesa.

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