16.11.11

E depois dos tecnoeurocratas? Ou estão todos convencidos que a crise acaba em 2012?

Não foram os mercados que substituiram Berlusconi e Papandreou por tecnoeurocratas, foram os parlamentos e os partidos capazes de fazer ou não maiorias. Não vejo na incapacidade de formar em tempo, com legitimidade democrática, os governos necessários para enfrentar a crise, a vitória dos ditames externos mas a derrota dos líderes dos grandes partidos democráticos em que os eleitores têm confiado.
Na Grécia, Papandreou ficou sózinho, como Sócrates em Portugal e Zapatero em Espanha. Em Itália, Berlusconi preferiu prosseguir até ser insustentável com Bossi (como em Portugal Passos Coelho o está a fazer agora com Portas).
Nem Merkel nem Sarkozy estão à altura do sonho europeu. Mas em vários outros países, os líderes políticos têm sido incapazes de honrar o espírito de compromisso de que se fez a Europa desde a 2a guerra mundial. Contudo, o pior está para vir. Depois de os políticos "tradicionais" atirarem a toalha ao chão, o que acontecerá se a situação ainda se agravar mais e o povo tornar inorganicamente ingovernáveis os países que os políticos agora entregaram aos tecnoeurocratas? Parece que há mesmo muita gente convencida de que a crise acaba em 2012 ou sem estatura política para construir os cenários B que os grandes momentos da história tornam necessários.

1 comentário:

O TEU FLUVIÁRIO METE ÁGUA CAMARADA disse...

O sonho eurropeu estava cheio de gente de meia-idade que entretanto envelheceu e nem morreu nem largou o sonho

e tecnocratas ou o que passa por isso têm governado a G.B. e o resto do mundo ocidental nestes últimos 50 anos

que se tornem mais visíveis
não é nada que me incomode

(e se a dívida demorou 20 anos a crescer (6 em marcha acelerada) obviamente nem aqui nem no resto do ocidente acaba em 2012

1929-1941

2006 ou 2008-2020?

e mesmo 2020 é capaz de ser cedo