Recorreram ao Tribunal Constitucional para defender os funcionários públicos usando o princípio da igualdade? Pois levam com um corte em pensões atribuídas a funcionários públicos e tudo o indica invocando o mesmo princípio para o fazer.
Quando começou a dança da inconstitucionalidade dos orçamentos por violação do princípio da igualdade avisei alguns amigos das leituras perversas que se poderia fazer das comparações medida a medida entre trabalhadores do sector privado e funcionários públicos. Os meus amigos, em geral, não acreditaram que se pudesse ir por aí. Eis a vingança de Passos Coelho, em relação aos funcionários públicos, aos partidos da oposição e ao Tribunal Constitucional.
Já tinha falado de despedimento e horário de trabalho. Agora são as pensões. Decididamente, o Primeiro-Ministro enveredou por uma estratégia de confronto aberto e de aprofundamento de todas as clivagens possíveis. E vai seguir a táctica velhinha do dividir para reinar, confiando no instinto de que não dizemos nada enquanto estiverem a levar os judeus e até podemos aplaudir que tirem algo a alguns desde que não o façam a nós.
Já caíram muitos governos por menos em muitos países e em muitos momentos da história. E, como diz, Miguel Abrantes, é a hora da verdade para Paulo Portas. Mas, meu Deus, o futuro da coesão social em Portugal está depositada no sentido de solidariedade de Paulo Portas?
1 comentário:
Deixe lá, há dias no Prós e Contras, quando Lains disse; qualquer coisa, no sentido que o PM tinha prazer em anunciar austeridade sobre austeridade, saltou logo em defesa do PM, o n/camarada Amado, deixando o ministro Maduro verde de solidariedade, ao mesmo tempo que MF Leite diz que Portas tem que deitar aquilo abaixo, se se confirmar o golpe dos 10% nos aposentados. Quão grande é o amor/socialismo do Amado.
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