9.3.10

Cidade (não) inclusiva: barreiras arquitectónicas confinam pessoas com limitações físicas às suas casas

Houve um tempo em que as cidades não eram pensadas para o uso do espaço público por todos. Felizmente, pensaria eu, esse tempo foi ultrapassado e todos estamos a fazer cidades inclusivas, abertas à diversidade e convidando todos ao usufruto do espaço público.
Mas as barreiras arquitectónicas constituidas têm que ser combatidas por uma actuação persistente e concertada nesse sentido. Em algumas cidades, elas são um dos grandes obstáculos à fruição da vida urbana por pessoas com deficiências e incapacidades motoras. Esta notícia de hoje do Jornal de Notícias reporta-se a um caso extremo e gritante em Almada, de um prédio rodeado de escadas por todo o lado (na foto), habitado por pessoas, nomeadamente idosas, com limitações físicas e que são, assim, confinadas às quatro paredes das suas casas.
Tenho dificuldade em ver como pode alguém ter uma boa justificação para a persistência desta situação e o que pode imnpedir que se congreguem as boas vontades necessárias para que haja o obviamente necessário acesso por rampa a estes prédios ou, melhor dizendo, o acesso por rampa dos cidadãos moradores nestes prédios à cidade em que habitam.

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