Agora João Semedo devia responder com clareza se está com a Renovação Comunista ou com o directório Louçã-Fazenda. A dita Renovação Comunista não podia ser mais clara na denúncia da "doença infantil censória" do BE. Escrevem eles:
Para os porta-estandarte da censura o que parece contar é a utopia de um pólo de contestação à esquerda que trabalhe para uma reversão do governo na quimera de uma forte aceleração do processo social em Portugal. Linha que os dispense de, no imediato, meter a mão nas dificílimas tarefas de tirar urgentemente o nosso País do declínio económico. Das duas uma, ou o poder vem parar às mãos de uma esquerda que não se compromete, ou então a esquerda faz uma espécie de greve às responsabilidades incontornáveis de reconstruir o espaço da esquerda para montar renovadas condições para a governação alternativa. Há certamente muito bluff nesta linha demonstrativa das moções de censura, mas o que há acima de tudo é uma perigosa recaída na doença infantil de censurar para tentar defender-se eleitoralmente. Sem compreender que, em última análise, a esquerda se fortalece ou enfraquece consoante seja capaz de mostrar de forma credível como tem uma política para governar Portugal, mesmo nas mais difíceis e impopulares condições. E a doença infantil vai ao ponto de permitir a imagem de inaceitável competição entre o BE e o PCP na disputa dos respectivos territórios de influência. A doença infantil censória da esquerda é muito perigosa porque pode fornecer todos os pretextos para separar o que começava a ser juntado e para dotar a direita socialista de mais fortes argumentos para hegemonizar o PS e as suas inclinações atávicas para entendimentos à direita.
Leia todo o texto da Renovação Comunista, aqui.
2 comentários:
Se o PS precisa de ser muito MUDADO, o BE e PCP precisam de desaparecer para que haja um Governo Democrático e Progressista.
Iludir-nos sobre o que os Mandantes destes "Grupusculos" podem e querem fazer é perder tempo e lucidez.
Lutemos pelo Sobressalto no PS !
Excelente post! É evidente o oportunismo eleitoralista dos partidos da esquerda radical. Desde as eleições legislativas. O objetivo é, simplesmente, atrair eleitorado sem cuidarem de criar condições para que Portugal se liberte do seu endémico atrazo.
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