28.2.11

Política de imigração: o nosso honroso 2º lugar no mundo desenvolvido

Logo a seguir à Suécia e antes do Canadá, Portugal é o segundo melhor do mundo na integração de imigrantes, segundo o Migrant Integration Policy Index (MIPEX) criado pelo British Council e pelo Migration Policy Group. O que fez a diferença a nosso favor não foi a história, foi a política.
O honroso segundo lugar coloca-nos no topo do top ten mundial, que inclui ainda a Finlândia (4º), a Holanda (5º), a Bélgica (6º), a Noruega (7º), a Espanha (8º), os EUA (9º) e a Itália (10º).
Para este sucesso não vale a pena hipervalorizar o nosso passado de país de origem de emigração: também a Espanha, a Itália, a Grécia e a Irlanda - estas últimas empatadas em 16º lugar - o são.
O argumento do nosso passado colonial e de como a absorção de imigrantes das ex-colonias facilita o acolhimento também não colhe: outras grandes potências coloniais do passado, como a Espanha, o Reino Unido (12º com a Alemanha), ou a França 15º estão bem atrás.
Muito claramente o que fez a diferença a favor de Portugal  foi a política e essa deve-se aos governos do PS e, em particular, aos Primeiros-Ministros José Sócrates e António Guterres e aos ministros que, nas diversas àreas construiram medidas não discriminatórias ou reverteram as discriminações que existiam.
Dado o papel que neste ranking tem a lei da nacionalidade, importa sublinhar em especial o papel do trio que a apadrinhou na legislatura anterior: José Sócrates, António Costa e Pedro Silva Pereira. Felizmente a lei da naconalidade de Cavaco Silva foi para o lixo, senão o nosso lugar não seria este.
Por outro lado, felizmente, os portugueses não alimentam com o voto a extrema-direita xenófoba que pressionou países com tradições cosmopolitas a adoptar medidas anti-imigrantes. O nosso honroso segundo lugar deve-se também, em última instância, a essa capacidade dos portugueses de manter PNR e quejandos na irrelevância que merecem.

PS. Obrigado à Câmara Corporativa e ao Osvaldo Castro, que deram a notícia.

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