Do artigo de João Pinto e Castro no Jornal de Negócios, que antecipou muito bem a racionalidade da conferência de imprensa de Vitor Gaspar, sempre pontuada pela expressão "desvalorização fiscal":
"Sabe-se como a teoria da desvalorização interna é cara ao FMI e aos doutrinários do Banco de Portugal. Sabe-se também que, até hoje, ela só foi experimentada na Letónia, e que os seus resultados foram, numa avaliação caridosa, inconclusivos. Faz-lhes falta, pois, testá-la num país de razoável dimensão e complexidade económica como o nosso.
Com a colaboração do governo português, o FMI, que gosta de fazer experiências com animais vivos, encontrou neste povo o ratinho de laboratório ideal."
1 comentário:
É altura de avançar para alternativas a esta politica estúpida que ao querer submeter a maioria da população a sustentar meia dúzia , acaba por semear a miséria e recuar décadas no desenvolvimento humano. O caminho é o de aproximar os rendimentos. O mérito tem que ser premiado, mas os rendimentos maiores não têm que ser "pornográficos" . Os rendimentos devem ter em conta a capacidade de criar riqueza, mas esta é uma condição geral . Tem acontecido na Europa e particularmente em portugal, o embuste de passar a ideia que reduzir ordenados em momentos de contracção económica deve ser para todos. Não é assim: o que acontece é que economias frágeis só sustentam ornados "pornográficos" se levarem a maioria da força de trabalho para a miséria com a correspondente recessão económica .
Alternativa: combate aos vencimentos "pornográficos " e aumento dos vencimentos mais baixos , como por exemplo o ordenado mínimo para os 600 €. Está na hora de elevar a voz para dizer que um trabalhador responsável, a produzir 8 horas por dia, não pode ser tratado com menos dignidade que um Eduardo Catroga qualquer com direito garantido a ordenado "pornográfico".
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