10.3.09

Partilha da Palestina: um consenso internacional que não convence as partes

O consenso internacional de que a questão israelo-palestiniana não se resolve sem o reconhecimento do direito à existência de dois Estados - Israel e Palestina - não é assumido pelas opiniões públicas de nenhum dos potenciais vizinhos. Para agravar as dificuldades, de um e outro lado da fronteira, os que se opõem a esta tese ganham eleições com frequência. A recusa do reconhecimento do Estado de Israel não impediu o Hamas de ganhar democraticamente as eleições em Gaza e a política irrealista do Likud não o impediu de se estar a preparar para formar governo na sequência dos resultados eleitorais em Israel. Acabam por ser as pressões dos parceiros internacionais que introduzem algum realismo quando as opiniões públicas se orientam para os extremos. Hoje, sob pressão egípcia, a Fatah e o Hamas iniciam negociações tendentes à formação de um governo de reconciliação nacional. Conseguirá a pressão da comunidade ocidental e em particular dos EUA impedir que Israel prossiga o caminho do conflito que se anuncia?

1 comentário:

P. disse...

Consenso? Bom senso. Mas "consenso", ... não poria as minhas mão no fogo.

Quem continua a querer a destruição daquela parte do mundo?

Pq será que em todas as outras partes do mundo encontras judeus e árabes a confraternizar e ali tens ódio e guerra permanentes?

Quem quer aquele estado de coisas? Quem põe permanentemente achas naquelas fogueiras? Quem anda a acicatar aqueles ódios.

Quem?
Porque sou eu tão ingénua?