Há em Portugal quem esteja a interiorizar que os ataques especulativos que estamos a sofrer são culpa nossa. Talvez por isso não esteja a reagir ofensiva, mas defensivamente. Mas como o que está a acontecer depende menos dos nossos erros passados que dos projectos presentes de atacar o espaço Euro, seremos a próxima vítima e, logo a seguir a nós, virá a Espanha. Por isso, agora que o ataque ainda é controlável, acho que deveriamos, na falta da grande solidariedade europeia - já se viu que a senhora Merkel não tem dimensão institucional para isso - concertar uma atitude enérgica de contra-ataque, conjunta com Espanha.
Os mercados devem ter que saber que nós sabemos que eles sabem quem são os próximos e que não ficaremos como cordeiros à espera da nossa hora, faremos o que tiver que ser feito, juntando forças ara os derrotar. Há por aí quem se junte a esta ideia de que só à escala ibérica poderemos travar os especuladores? Eu estaria disposto a fazer muitos sacrifícios já para ver esta onda derrotada, desde que acredite que conseguimos ter força e dimensão para a vencer.
2 comentários:
Too little, too late, e utópico...
Caro Paulo Pedroso,
Estou completamente de acordo!
No entanto nada nos impede de liderar as reformas estruturais que podemos depois propor a Espanha!
Como já escrevi há muitos meses, o PS volta a ter uma nova oportunidade para liderar verdadeiras reformas de esquerda e patrióticas!
Talvez a salvação do Euro esteja nas mãos dos nossos dois governos!
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