4.5.10

Os leitores do banco teriam ido buscar os 200 milhões que se prometem cortar nas prestações sociais a outro lado.

Tenho as maiores dúvidas sobre a escolha que levou a projectar no PEC cortes de 200 milhões de euros anuais nas transferências sociais. Estou, aliás, convencido que há muitas alternativas mobilizáveis antes de repercutir sobre os mais desfavorecidos e os desempregados o aperto orçamental do país.
Achei que valia a pena convidar os leitores do Banco a que se pronunciassem sobre esta questão e coloquei-a aqui sob a forma de "sondagem".
A adesão de 331 leitores, a que agradeço, encoraja-me a que volte à carga com este método noutros temas.
Os que aqui quiseram dar a sua opinião deixaram um recado a quem os queira ler, no sentido de que é no contexto das despesas gerais de funcionamento e não nas de soberania que acham que o Governo deve procurar primeiro. Se 70% disseram que iriam fazer cortes nas despesas correntes dos Ministérios e 50% eliminariam as missões militares no estrangeiro, a terceira resposta, atingindo o patamar dos 30% seria a do corte na despesa das autarquias e regiões autónomas.
Acresce que o corte das prestações sociais - o caminho escolhido pelo Governo praticamente não tem simpatizantes nos leitores que "falaram" (apenas 20 dos 331 o fariam).
São só os meus leitores a falar e não representam ninguém a não ser a si próprios, mas vale a pena que o Governo pondere a possibilidade de não serem eles a estar afastados do que os portugueses pensam, seja para (n)os tentar convencer do caminho seguido, seja para mudar de prioridades.

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