Será o twitter um novo aparelho ideológico de estado? Depois de a diplomacia americana ter entrado por completo nas redes sociais (no que é seguida pela britânica e até pela russa, mas não pela portuguesa), Jon Kofas vê neste uso uma forma de tentar ganhar apoio público para as causas de cada Estado de construir hegemonia no velho sentido Gramsciano. Nas suas palavras:
the "Twitting" is not merely a new tool, but a new religion designed to capture peoples' hearts and minds. The question is for whose ultimate benefit is this new 'Twitting' religion working, and does it have any traces of 'democracy'?
Exagerado e apocalíptico? Parece, mas levanta uma questão interessante. A do uso do twitter como instrumento de defesa de interesses próprios no espaço público, isto é, sem eufemismos, como máquina de propaganda. Com efeito, 140 caracteres adaptam-se melhor a ser sucessores do slogan e do soundbyte do que a uma discussão profunda. Mas talvez também seja um bom exercício político aprender a expressar argumentos em 140 caracteres.
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