Só não acho a carta à Chanceler totalmente certeira porque tem um parágrafo contra os empresários que traz consigo em que, tal como a Helena Araújo, não me revejo . Que venham mil empresários alemães, americanos, suecos, chineses e que tragam investimentos geradores de empregos de qualidade, é algo que acho necessário e útil e não um "ultraje".
Mas a carta é à senhora que se julga chanceler da Europa, contra quem eu gostaria de votar, que em ano de eleições caseiras vai aumentar a despesa social no seu país - mais pensões de reforma, mais apoios a mães que ficam em casa - enquanto acha que a Europa precisa de um ciclo longo de austeridade e patrocina, se não comanda, a destruição dos edifícios de protecção social em países como o nosso com que partilha (devia partilhar) a solidariedade europeia.
A senhora Merkel tem a mesma simpatia pelos portugueses que a Senhora Jonet pelos pobres. Gosta muito deles assim, ou ainda com mais dificuldades. E de lhes dar esmolas. No caso da senhora alemã, 100 estágios para jovens, que devem custar pouco mais que a deslocação da comitiva. Políticas pobrezinhas para mostrar solidariedade com os pobres? Não, obrigado.
Com as reservas que exprimi, já subscrevi a carta, aqui.
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