Ainda me custa a acreditar no que li no Machina Speculatrix. O Reitor da UCP, que foi tradutor de Gramsci e me ensinou Marx com rigor académico e foi também meu chefe directo no ISCTE reduziu-se à condição de receptor de dossiers de uma PIDE religiosa, sem sequer direito de defesa.
O Porfírio, que sei homem livre e espirito dialogante com a doutrina da igreja, ainda que do seu exterior, por razões pessoais e até familiares que não têm que ser chamadas ao espaço público, foi reduzido à condição de inempregável por motivos de consciência.
No Portugal em que eu cresci, para os sacerdotes que ele e eu conhecemos e com quem aprendemos e discutimos entre muitas outras coisas a noção da dignidade humana, este episódio só pode ser aviltante e seguramente alheio à cultura do cristianismo contemporâneo.
1 comentário:
Exactamente.
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