"Não podem constituir-se partidos que, pela sua designação ou pelos seus objectivos programáticos, tenham índole ou âmbito regional" (Artº 54º, nº 1 da CRP).
Mas para que quereria Alberto João Jardim um partido de âmbito regional de jure se já o tem de facto, como reconhece implicitamente Passos Coelho, escudando-se na autonomia do PSD/Madeira para não retirar confiança ao companheiro? Até nisto Aberto João joga com mestria as técnicas da acção psicológica e consegue ter e não ter um partido próprio, consoante lhe dá ou não jeito.
Se não fosse um pouco patético era, aliás, delicioso ver como ele substituiu na mitologia dos inimigos da Madeira os cubanos (mais apropriados a atacar o que pareça de esquerda) pela Maçonaria (mais credível como força oculta também da direita). Se o Governo fosse dominado pela hierarquia da Igreja, aposto que estaria agora a invectivar, qual anti-clerical,"a padralhada". Ele sabe fazê-las. Mas é tudo em legítima defesa.
Sanção política do PSD ao desvario orçamental dos companheiros? Passos Coelho não vai lá. É de homem.
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